Desde terça-feira os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizam uma operação de retirada de dezenas de animais do zoológico Cattoni Tur Park, em Salete, Norte de Santa Catarina.
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O zoológico foi interditado pelo Ibama. Entre os animais removidos estão dois tigres, um leão, três onças pintadas, uma jaguatirica, dois pumas, duas elefantas, 15 araras, seis papagaios, 20 macacos, seis avestruzes e quatro emas.
O órgão ambiental atuou em parceria da ONG Rancho dos Gnomos, criadora conservacionista e mantenedora da vida silvestre, de São Paulo. Segundo os fiscais, entre as irregularidades constatadas havia maus tratos, recintos inadequados, condições precárias de higiene, fuga de animais, falta de segurança para os visitantes e para os próprios animais e tanques de água vazios, além de alimentação inadequada.
– Não havia registros dos animais que fugiram ou morreram, a documentação do plantel apresentava muitas falhas, em alguns casos havia mais animais do que o registrado em outros, menos animais do que o registrado. Sem autorização do órgão ambiental federal, os recintos do hipopótamo e das elefantas foram diminuídos, o que deixava os animais em níveis altos de estresse – explica e a coordenadora da equipe do Ibama que foi ao local, Gabriela Breda.
Notificação
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O Ibama já havia notificado o zoológico a se adequar à instrução normativa que instrui e normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em território brasileiro. Em vistoria posterior, constataram que o estabelecimento não havia cumprido às exigências.
O proprietário do zoológico foi autuado e o empreendimento interditado. Os animais ficaram no local, tendo o proprietário do local como fiel depositário. De acordo com o chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Estado, Alessandro Queiroz, o órgão entrou em contato com algumas instituições para viabilizar a destinação dos animais, sua alimentação e retirada.
– Nesta terça iniciamos o levantamento clínico do plantel, alimentando-os e tentando intermediar uma forma de retirá-lo de maneira segura – indica Queiroz.