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O Ibama pediu nesta sexta-feira que o artista Nuno Ramos retire os três urubus que fazem parte de um obra que ele expõe na 29ª Bienal de São Paulo. Em comunicado, o órgão ambiental explicou que considera as instalações inadequadas para manutenção das aves. Foi estipulado prazo de cinco dias para que os animais sejam devolvidos ao Parque dos Falcões, em Sergipe, de onde foram cedidos.

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Protestos

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O artista disse ao Portal G1 que não se pronunciaria sobre o pedido do Ibama e que o caso seria resolvido pela Bienal. A presença dos urubus na instalação “Bandeira branca”, vem causando polêmica desde antes da abertura oficial da 29ª Bienal. Internautas e grupos defensores dos direitos dos animais chegaram a criar um abaixo-assinado contra a exibição da obra do artista paulista que foi pichada.

Na ocasião, tanto Ramos quanto os organizadores declararam que a presença dos urubus estava “dentro da legislação” e que “o autor possui todas as licenças exigidas pelos órgãos de preservação ambiental para o uso desses animais”.

A obra

Montada no vão central do prédio da Bienal, a obra tem três grandes esculturas em formas geométricas que lembram túmulos. As peças são cercadas por uma tela de proteção que acompanha, a rampa e as curvas do prédio de alto a baixo. No alto de cada uma delas há caixas de som que tocam trechos das músicas “Bandeira branca”, “Carcará” e “Acalanto”. Há também poleiros que se parecem com chaminés, de onde as aves raramente saem.

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