Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) autuaram em flagrante o proprietário de uma empresa de pesca de Itajaí, no Litoral Norte catarinense, com carne de caça ilegal.
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O flagrante foi feito depois de uma denúncia anônima, nesta quarta-feira. A carne de três animais silvestres estava guardada no frigorífico da empresa junto com os peixes.
Num deles havia uma marca que pode ser de um tiro de arma de fogo. Os fiscais também encontraram uma paleta de cordeiro, sem inspeção do Ministério da Agricultura.
De acordo com o denunciante, o empresário já teria cometido crime ambiental outras vezes.
Um veterinário acompanhou a apreensão e confirmou se tratar de animais silvestres. Nos próximos dias, a carne será descongelada e serão feitos testes comparativos para descobrir quais espécies pertencem. Uma das peças foi identificada como sendo de um quati.
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Segundo Márcio Burgonovo, diretor regional do Ibama, o proprietário foi enquadrado na Lei de Crimes Ambientais e terá de pagar, inicialmente, multa de R$ 500 pela posse do quati.
Caso se confirme que as outras duas peças são de animais silvestres, a multa passa para R$ 1,5 mil. Para Burgonovo, há a suspeita de que uma das carnes seja de uma ave ameaçada de extinção, o que pode elevar a até R$ 5 mil a multa.
O proprietário poderá ainda ter problemas com o Ministério da Agricultura por guardar as carnes de caça com o pescado.