Depois dos questionamentos sobre o suposto plágio nas provas do concurso público da Câmara de Vereadores de Joinville, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), contratado pelo Legislativo para fazer o processo seletivo, cogita aplicar uma nova prova caso concorde que as questões foram copiadas de outros concursos.
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Segundo Marcos Flávio, assessor direto da superintendência-geral do instituto, o órgão já começou a comparar as perguntas aplicadas no último domingo com as feitas em 2009, em um concurso público do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da UnB, para o cargo de jornalista do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e de um site especializado em questões de concursos.
– Temos um processo a cumprir. Estamos aguardando os recursos e vamos analisar todos os casos. Caso tenha cópias, conversaremos com a Câmara e veremos a possibilidade de fazer uma nova prova – explicou Marcos Flávio, que não soube precisar se o novo teste seria aplicado para as provas de cargos onde foi constatado o plágio ou para todas as outras vagas.
Segundo o Ibam, a situação deverá ser resolvida até a próxima sexta. O órgão aguarda os recursos das questões que teriam sido copiadas. Em nota oficial repassada ao Legislativo de Joinville, o instituto pede que sejam apresentadas cópias das provas juntamente com os recursos.O prazo para recursos termina nesta quarta-feira e pode ser feito apenas pessoalmente, entregando o documento na Câmara de Vereadores.
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A Câmara de Vereadores ainda não tem uma decisão oficial sobre o assunto. O presidente da casa, João Carlos Gonçalves (PMDB), deve se pronunciar oficialmente sobre o caso somente nesta sexta-feira, quando retorna de férias.
Confira a nota do Ibam:
NOTA SOBRE O CONCURSO DA CÂMARA DE VEREADORES DE JOINVILLE
O Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM, responsável pela execução do concurso público para a Câmara de Vereadores de Joinville, realizado no dia 19 de janeiro, vem, por meio da presente nota, expor sua posição a respeito das críticas que vêm sendo feitas sobre questões das provas de jornalismo e de relações públicas.
Antes, porém, deve-se registrar que o concurso correu normalmente, com 6.298 presentes, que concorreram a 47 vagas distribuídas entre 13 cargos, sem qualquer ocorrência que trouxesse prejuízos para os candidatos ou para a Câmara de Vereadores.
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Os horários foram cumpridos rigorosamente, as salas estavam adequadas, os candidatos receberam as informações que solicitaram e as questões que surgiram de última hora receberam a devida atenção e solução.
Queremos lembrar também que os candidatos que se sentirem prejudicados por qualquer razão têm, na forma prevista no Edital, direito a recorrer nos prazos fixados, garantindo-se, portanto, a ampla defesa.
Quanto às denúncias de que questões de duas provas seriam cópias de outros concursos, estamos examinando caso a caso para verificar sua veracidade e tomar as medidas cabíveis.
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Deve-se lembrar, ainda, que até o momento temos notícias vindas de jornais ou pela internet, porém não recebemos qualquer recurso oficial, o qual deverá ser fundamentado e, se for o caso, com provas que atestem a irregularidade reclamada.
Assim, faremos, no tempo próprio, em conjunto com a Câmara de Vereadores de Joinville, novo pronunciamento que demonstrará as providências que serão tomadas.
Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2014