Uma decisão judicial determinou que as festas noturnas realizadas no iate Casablanca, em operação há seis anos na orla de Florianópolis, não podem ter como ponto de partida e chegada o trapiche do Iate Clube Veleiros da Ilha, no Bairro Prainha.
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Os vizinhos do trapiche reclamam, há mais de dois anos, do barulho das festas no iate depois das 23h, desrespeitando a Lei do Silêncio.
A partir desta semana, os participantes das festas são levados até o iate Casablanca por uma escuna que parte do trapiche do Scuna Bar, na Avenida Beira-Mar Norte. Os responsáveis pelo iate entraram com recurso contra a decisão do juiz Hélio do Valle Pereira, da Capital.
O barulho, segundo Carlos César Ferreira, vizinho do Iate Clube Veleiros da Ilha, é pior no momento do embarque e desembarque dos festeiros.
– O iate fica ancorado no trapiche até a meia-noite e retorna depois das 4h. As pessoas gritam e patinam com os carros na rampa da saída do estacionamento do trapiche – reclama Ferreira, que já fez uma série de boletins de ocorrência na polícia reclamando da perturbação do silêncio.
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Lei do Silêncio não vigora no Carnaval
Regina Zaia, gerente geral do Iate Casablanca, afirmou que o som só é ligado no momento da partida e desligado no retorno, mas admitiu que não há isolamento acústico na embarcação.
– Nós contratamos mais seguranças e instalamos placas pedindo para a Lei do Silêncio ser respeitada pelos participantes das festas. Porém, é impossível manter as pessoas caladas – disse Regina, acrescentando que o trapiche é o único da Capital capaz de suportar o atracamento de iates.
O iate Casablanca tem capacidade para 590 pessoas e, além das festas, realiza passeios diurnos. As festas ocorrem em dias da semana e aos finais de semana, com horário de partida marcado, geralmente, para as 23h.
Durante o Carnaval, como não vigora a Lei do Silêncio, o iate Casablanca volta a sair do trapiche do Iate Clube Veleiros da Ilha.
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