Uma mulher e uma menina. As duas entram no palco em um único corpo. A performance parece ser a da mulher, mas, no fundo, é a menina tímida que dança. Essa é Iara Cosmo da Rocha, de 16 anos, que em menos de um ano de contato com a arte do movimento estreia no maior evento de dança do mundo.

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Ela não está só. Por trás da sua participação na Mostra Competitiva do 31º Festival de Dança de Joinville está um grupo experiente de bailarinos e coreógrafos. Retalhos de Seda, coreografia com a qual Iara estreará na competição, é assinada por Fernando Lima, joinvilense com longa trajetória no evento.

O trabalho foi montado especialmente para a bailarina novata.

– A coreografia fala da fragilidade, da menina se tornando mulher, sem perder a delicadeza – explica Fernando, que começou os ensaios com a intérprete no início deste ano.

“Retalhos de Seda” foi inscrito na categoria de solo júnior de jazz, mas foi orientado pelos curadores do Festival a competir na dança contemporânea, devido a sua proximidade com o gênero.

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Iara também pratica ginástica artística, fator que justifica a sua flexibilidade. No entanto, ela procura separar bem as áreas.

– Não se compara. A dança é algo que vem de dentro, que se sente. Me peguei muito envolvida, com vontade de procurar mais sobre o assunto – avalia a bailarina, que já era espectadora do Festival há alguns anos e sentiu uma forte identificação com a atividade assim que entrou para o grupo de Fernando Lima.

A primeira vez que a joinvilense subiu ao palco foi no ano passado, na edição do Dança Joinville, no Teatro Juarez Machado, com coreografia de conjunto. No Festival de Dança Mery Rosa, Iara tirou o terceiro lugar no jazz solo.

“Retalhos de Seda’ disputa com outros quatro trabalhos no dia 20. Entre eles está “Singularidade”, do Balé Juvenil Centro Cultural Gustav Ritter; “Entre Caminhos”, do Grupo Bio Center Fundação; “Magnético”, do Ballet Margô Brusa; e “E Se Eu Nunca Deixa-lo Ir”, de Abydos estúdio de Dança.

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