Todas as amostras de urina colhidas no Mundial de Atletismo, realizado em Paris, em agosto, serão examinadas novamente depois da descoberta nos Estados Unidos de um esteróide sintético que não podia ser detectado.

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– A Iaaf vai refazer todos os testes – disse o porta-voz da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), Nick Davies.

A decisão foi tomada após o anúncio feito pela Agência Antidoping dos EUA (Usada) na quinta passada, dia 16, de que vários atletas norte-americanos tiveram testes positivos para o novo esteróide tetrahydrogestrinona (THG).

Os resultados positivos foram encontrados quando 350 amostras coletadas no campeonato nacional, em junho, foram reavaliadas.

– Não sei de nenhum outro caso de drogas que seja maior do que esse, envolvendo o número de atletas que temos envolvidos, certamente na área dos esteróides anabolizantes – disse o chefe-executivo da Usada, Terry Madden. – Isso é uma conspiração envolvendo químicos, técnicos e alguns atletas que usam o que desenvolveram para ser um esteróide sintético impossível de detectar e prejudicar os outros competidores e o público norte-americano e mundial que paga para ver eventos esportivos – lamentou.

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Um teste para a nova droga foi desenvolvido pelo laboratório do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Los Angeles, depois que um homem não-indentificado enviou uma seringa contendo THG.

Madden explicou que o homem, que se identificou como técnico, ligou para a Usada em junho afirmando que importantes atletas estavam usando o esteróide pois não havia teste para ele.

Davies explicou que as amostras do Mundial serão testadas no laboratório de Los Angeles ou em Paris se o novo teste estiver disponível. Qualquer resultado positivo pode acarretar em desclassificações e suspensões de dois anos.

As informações são da agência Reuters.