Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF), em Monte Carlo, informa que a entidade registrou dez casos positivos para doping nos testes realizados em 2007. No ano passado, foram realizados 3.277 exames, sendo que mais da metade deles (1.426) foram feitos durante competições. Os controles fora de competição atingiram o número de 1.759 avaliações, sendo as outras 92 em testes pré-competição.
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A maior parte dos casos positivos, oito dos dez, foram registrados em testes fora de competições. Além dos casos confirmados, há outros que ainda aguardam um resultado final de avaliação.
– Tenho orgulho que a IAAF mantenha um dos maiores programas de testes fora de competições do mundo e a importância fundamental desta atitude é demonstrada pelo fato de a maior parte dos nossos resultados positivos terem sido registrados neste tipo de teste – afirmou o presidente da entidade, Lamine Diack.
Entre os casos que chamaram mais atenção na temporada passada estão os dos corredores Susan Chepkemei, do Quênia, e Lyubov Denisova, da Rússia. Chepkemei foi pega com salbutamol e pegou um ano de suspensão. Em 2001, ela venceu a Maratona de Roterdã e também foi vice-campeã mundial de meia maratona.
Denisova ganhou duas vezes a Maratona de Los Angeles e também já venceu em Boston e Nova York. Ela está suspensa por dois anos após apresentar taxas muito elevadas de testosterona e epitosterona em uma avaliação feita dia 20 de março.
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Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Pequim, Diack afirmou que a prioridade da IAAF é tentar controlar ao máximo o uso de substâncias proibidas entre os atletas que têm a competição como meta.
– A IAAF irá utilizar todos os métodos disponíveis nos próximos cinco meses para pressionar a minoria de atletas que esteja pensando em enganar ou cometer fraude contra seus companheiros de competição em Pequim – salientou.