Em primeiro lugar, é fundamental consolidar a percepção de que se trata de um problema generalizado e que, portanto, as possíveis soluções passam pelo engajamento de todos os setores, sem exceção.
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Referência positiva e modelo para o país em diversos setores – como nas áreas da educação e da excelência industrial, por exemplo -, Santa Catarina ostenta infelizmente o terceiro lugar em acidentes nas rodovias federais – atrás apenas de Minas Gerais e do Paraná – e o quinto lugar em mortes registradas no local dos acidentes. O início da Semana Nacional de Trânsito, que inspira o Diário Catarinense a produzir uma nova série sobre o tema a partir da edição de hoje, deve servir de mote para uma ampla e séria reflexão com o objetivo de mudar o atual panorama.
Em primeiro lugar, é fundamental consolidar a percepção de que se trata de um problema generalizado e que, portanto, as possíveis soluções passam pelo engajamento de todos os setores, sem exceção. Não é responsabilidade apenas dos gabinetes oficiais, como muitos preferem pensar, a tarefa de buscar alternativas para que tenhamos menos tragédias nas rodovias, sejam elas estaduais ou federais.
Com a prerrogativa de implantação das políticas públicas, os órgãos oficiais devem ser cobrados, sim, pela dianteira nas ações. Cabe às autoridades a execução de obras de infraestrutura, a criação de campanhas de conscientização e a elaboração de projetos de lei, entre outras atividades, que contribuam para uma mudança nas estatísticas e para a redução de sinistros que causam perdas e sofrimento em inúmeras famílias.
Mas, ao mesmo tempo, todos os cidadãos devem participar da mobilização pela melhoria do atual cenário, que é preocupante para Santa Catarina. Há necessidade de maior conscientização de motoristas e pedestres, pois eles são os protagonistas desse processo e farão a maior diferença se mudarem atitudes que atualmente colocam em risco a coletividade. Promulgada em 2008, a Lei Seca tem dado uma importante parcela de contribuição na batalha pela redução de acidentes provocados por motoristas embriagados. No caso catarinense, os números contabilizados diariamente pelos organismos oficiais, e estampados com frequência absurda pela mídia, exigem uma força-tarefa reforçada pela humanização do trânsito.
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