O presidente peruano, Ollanta Humala, pediu na noite de domingo a seu vice-presidente, Omar Chehade, que se afaste por conta própria do cargo para assumir sua defesa ante as acusações de suposto tráfico de influências.
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– Acreditamos que o melhor seria que desse um passo para trás, mas isto tem que partir dele – disse o presidente em uma entrevista coletiva na qual fez um balanço dos primeiros 100 dias de governo.
Chehade, que também é congressista, está sendo investigado pela Procuradoria da Nação e por duas comissões do Congresso por supostamente manifestar interesse no desalojamento de funcionários de uma cooperativa açucareira para entregá-la ao grupo empresarial Wong.
O desejo teria sido expressado durante um jantar organizado por ele para altos oficiais da polícia. O acusado alega inocência e assinala que tudo é produto de uma vingança do general Guillermo Arteta, que foi reformado em outubro junto com outros 29 generais da polícia como parte de uma “re-engenharia” disposta pelo governo para melhorar sua eficiência e eliminar a corrupção nessa instituição.
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Diversos analistas assinalam que o caso coloca em risco o prestígio de Humala em um tema tão sensível quanto a luta contra a corrupção, uma das bandeiras que o levou à presidência.
– O presidente vai ter que atuar, o que será saudável para manter um nível de aceitação. Esta é a primeira grande prova, o primeiro grande teste de Humala no tema da corrupção – comentou o analista político Aldo Panfichi, ao avalliar os primeiros cem dias de governo Humala.