Um dia antes da maior eleição da história venezuelana, o governo do presidente Hugo Chávez determinou ao Banco da Venezuela que distribua benefícios aos venezuelanos cadastrados no programa Misión Niños e Niñas del Barrio, um programa de complementação de renda familiar. Em dinheiro. Milhares de venezuelanos pobres compareceram em frente às agências bancárias de Caracas, atrás da verba – curiosamente liberada na véspera do pleito. As filas de candidatos ao benefício se estenderam por quarteirões.

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Zero Hora conversou com algumas donas de casa – o benefício se destina a mães de família – e elas disseram que a verba é distribuída uma vez por ano: 4,8 mil bolívares por família. Isso equivale a R$ 1.060. Um bom dinheiro para quem vive em favelas, como ocorre com 20% da população venezuelana. A segurança nos bancos era feita pela Guardia del Pueblo, uma espécie de milícia chavista.

A oposição venezuelana criticou a distribuição de dinheiro, chamado de proselitismo eleitoral pelos apoiadores de Henrique Capriles, o rival de Chávez no pleito.

A segurança nos bancos era feita pela Guardia del Pueblo, uma espécie de milícia chavista. Foto: Humberto Trezzi

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