O banco HSBC, maior entidade financeira da Europa, anunciou nesta segunda-feira que demitirá 500 trabalhadores no Reino Unido, segundo informou o diretor-gerente, Paul Thurston. Segundo o executivo, a medida se justifica “pela necessidade de reavaliar o negócio e assegurar eficiência operacional”.

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– Nos últimos dois meses avaliamos com reservas nossa situação, concentrando-nos em evitar a duplicação de tarefas, conduzir os custos e dedicar recursos às áreas que oferecem potencial de crescimento. O entorno em que operamos muda constantemente e o HSBC tem uma responsabilidade em relação aos seus clientes, seus acionistas e seu corpo de funcionários, para garantir que nossa organização reflete e reage a estas mudanças – completou.

Thurston lamentou o corte no pessoal, mas o considerou essencial para fazer com que o HSBC “esteja melhor posicionado e possa fazer frente à crise financeira, mantendo nosso nível de serviço”. O diretor-gerente disse que a medida não afetará funcionários que trabalham nas filiais do banco ou nos centros de atendimento por telefone.

Segundo Derek Simpson, dirigente do sindicato Unite – o maior da Inglaterra -, o procedimento é “uma vergonha”, especialmente às vésperas do Natal.

– Não vemos um raciocínio empresarial para esta redução de postos de trabalho. Simplesmente o HSBC está aproveitando a desculpa da crise financeira para eliminar empregos – comentou Simpson, lembrando que o banco recentemente anunciou aumento nos lucros no Reino Unido durante o primeiro semestre do ano.

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Ao contrário de outras instituições, o banco não precisou solicitar ajuda ao governo britânico.

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