As inundações sem precedentes provocadas pela tempestade Harvey isolaram parcialmente Houston, a quarta maior cidade dos Estados Unidos, com o fechamento de dois aeroportos e o bloqueio das principais vias. Ao menos seis pessoas morreram durante a passagem do fenômeno tropical pelo sul do país.
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Na costa texana, a primeira a ser afetada na sexta-feira (25) à noite, quando o Harvey era um furacão de categoria 4 — em uma escala que vai até 5 —, autoridades e moradores avaliavam os danos provocados pelo fenômeno, o mais intenso registrado nos Estados Unidos desde 2005, e no Texas desde 1961.
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O Centro Nacional de Furacões (NHC) anunciou que não existem precedentes para inundações deste tipo, dado confirmado pelo Serviço Meteorológico Nacional (NWS) no Twitter:
“Esse evento é sem precedentes e todos os impactos são desconhecidos e além de tudo já experimentado. Sigam as ordens oficiais para garantir sua segurança”.
A Casa Branca anunciou que o presidente Donald Trump visitará as zonas afetadas na terça-feira (29).
As chuvas torrenciais alagaram as principais avenidas de Houston e dificultaram a saída dos moradores da região.
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— É uma loucura ver como as ruas pelas quais você passa todos os dias estão completamente debaixo de água — afirmou à AFP John Travis, morador da cidade.
A região de Houston/Galveston registrou mais de 600 milímetros de chuva em 24 horas, destacou o NWS. Os serviços de emergência pediram aos moradores para que se desloquem às partes elevadas da cidade ou permaneçam nos tetos das residências, para possibilitar resgates por helicópteros.
Até o momento, foram realizados 1,5 mil resgates. Os operadores da linha de emergência 911 em Houston receberam 56 mil ligações em um período de 15 horas.
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As autoridades temem que a situação se agrave nos próximos dias, com o escoamento da água do interior do Estado do Texas para as localidades na costa.
— A situação é grave e vai piorar — afirmou o governador do Texas, Greg Abbott, ao canal Fox News.
Ele disse ainda que os danos causados alcançam milhões de dólares.
— Apesar de um momento de calma, não pensem que a tempestade terminou — declarou o prefeito de Houston, Sylvester Turner, que pediu aos moradores que permaneçam em casa e evitem sair às ruas.
Turner defendeu a decisão de não ordenar a saída dos moradores da cidade de 2,3 milhões de habitantes.
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— É perigoso. Se você ordena a evacuação e coloca todas as pessoas na estrada, está chamando uma calamidade maior — argumentou.