Março foi o mês que o setor hoteleiro de Florianópolis fechou as portas por conta da acelerada propagação do novo coronavírus. De lá para cá muita coisa mudou, os hotéis puderam reabrir os saguões e quartos para atender ao público, com no máximo 50% da ocupação. O período foi de aprendizagens, treinamentos e adaptações, focando os esforços na temporada de verão que está quase começando, época em que o setor hoteleiro do litoral mais recebe pessoas.
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Para contar um pouco sobre o período fechado e quais são as expectativas sobre o futuro, o Clube NSC convidou dois parceiros do setor hoteleiro para compartilhar suas experiências. Renílson dos Santos é gerente geral do IL Campanario Villaggio Resort, em Jurerê Internacional, desde 2015. O estabelecimento oferece aos sócios do clube 20% de desconto sobre o valor da tarifa vigente. O outro convidado é Samir Machado Miguel, gerente geral do Jurerê Beach Village desde 2012. O hotel também oferece 20% de desconto para sócio do Clube NSC.
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Como vocês receberam o decreto municipal no mês de março que obrigava o fechamento dos hotéis?
Renílson dos Santos: Nesse período só vinham para o IL Campanario os moradores. Para hospedagem fechamos até o mês junho. Durante esse período nos adaptamos ao protocolo de saúde, fizemos leituras de todas as orientações. Desde a OMS, Ministério da Saúde, Governo do Estado e Governo Municipal, a partir de todas as orientações construímos nossos protocolos, treinamos a equipe e adquirimos produtos de desinfecção do local. A comunicação com o cliente também foi muito importante durante esse período. Mostramos tudo o que estávamos fazendo e preparando para a reabertura, assim não perdíamos o vínculo com o público. E por último, aproveitamos o período para promover melhorias na infraestrutura do IL Campanario. Investimos mais em tecnologia, aprimoramos um atendimento mais ágil e com menos burocráticos, assim nos tornamos mais anfitriões.
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Samir Miguel: Um pouco antes do decreto municipal, já tínhamos entendido a chegada do vírus e traçamos uma estratégia. Quando o decreto oficializou o encerramento das atividades finalizamos tudo e só continuamos a atender quem já estava na casa. Tínhamos duas preocupações principais: a primeira era o quadro de pessoal, manter o maior número de pessoas possível compondo a equipe. À época, tínhamos expectativa de ficar fechados de dois a três meses, então, atrelada à política nacional de redução de jornada, reduzimos o quadro de colaboradores mantendo 80% do grupo. E a segunda preocupação era a redução de custos durante esse período. Durante dois meses sem atividades, aproveitamos para adiantar um reforma robusta no Jurerê Beach Village e, assim, conseguimos reduzir bastante o custo da obra. Terminamos o mês de junho reabrindo o hotel com novidades para os clientes.
Comparado com o atendimento feito antes da pandemia, quais são as diferenças com o atendimento atual?
Renílson dos Santos: Até setembro, por exemplo, não estamos fazendo arrumação de quartos para estadias com menos de três noites. A nova ocupação de um apartamento só ocorre em 48 horas depois. No check-in há a medição de temperatura, preenchimento de formulário municipal, também intensificamos o protocolo de higienização e, em algumas áreas, há a necessidade de agendamento de horário. Estamos com todas as áreas do resort funcionando, só que, claro, dentro dos protocolos vigentes. O hóspede quando faz a reserva já é orientado como está nosso serviço. Ele vem para cá com o espírito de sair um pouco, de quebrar a rotina e ir para um ambiente diferente mas sem abrir mão da segurança.
Samir Miguel: Aproveitamos também esse período para promover treinamentos e adequações aos protocolos de saúde, também desenvolvemos uma multifuncionalidade do grupo dada a redução do grupo e carga horária. E nesse meio tempo acompanhamos todos os colaboradores mesmo à distância, seja na questão da saúde, como também em manter a mente ativa, com cursos em diversas áreas. Para setembro temos 10% da capacidade de atendimento ocupada. Para outubro vislumbramos uma retomada, no feriado estamos trabalhando com 45% de ocupação, nós já sentimos isso como sinal de retomada. A liberação do acesso à praia reacende a vontade das pessoas em vir ao Jurerê Beach Village, é um desejo de mudar de ambiente, de ares. Também nesse mês tivemos algumas liberações nas áreas de piscina, nas áreas de recreação, restaurantes. Também temos investimentos em tecnologia no check-in, em pedidos de quarto e minimizamos o tempo de recepção, por exemplo.
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Como está a resposta do público à reabertura dos hotéis e quais são as expectativas sobre a próxima temporada de verão?
Renílson dos Santos: Pensando sobre a próxima temporada, não temos gestão sobre a pandemia e sobre os protocolos nos próximos meses. Mas, analisando Florianópolis, hoje percebemos uma melhora no que se refere ao tema. A população também aprendeu a se cuidar, então hoje as pessoas que vem para cá se sentem mais seguras. Existe uma demanda reprimida, muitas pessoas estão viajando de carro. Percebemos uma recepção maior de hóspedes do eixo São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, em maioria vindo de carro. Se tudo se manter dessa maneira, com os índices de novos casos diminuindo cada vez mais, eu não tenho dúvida que Florianópolis pode se tornar a capital com um dos maiores movimentos do verão.
Samir Miguel: A expectativa para temporada é boa, mas temos que esperar para ver como tudo vai desenvolver. Para ter ideia, em meados de janeiro até final de fevereiro o Jurerê Beach Village atende diariamente de 500 a 700 pessoas diariamente, a aglomeração de pessoas é quase inevitável e isso é um ponto de insegurança. Apesar de hoje contarmos com agendamento e higienização, ainda assim não sabemos como será. Esperamos que no verão a curva baixe um pouco mais.

E existe alguma expectativa sobre as festas de fim de ano?
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Renilson dos Santos: Sobre o réveillon nesse ano será um pouco atípico pois, em paralelo ao sentimento de perdas de familiares e amigos, existe também o término de 2020 com a chegada de um novo ano e o sentimento de esperança. Estamos preparados para promover um réveillon muito legal, mas adaptado ao protocolo do momento. Temos alguns cenários simulados, com equipe já trabalhando e planejando boa gastronomia, música e programação.
Samir Miguel: Para as festas de fim de ano, natal e réveillon, não estamos em produção. Temos parceiros de eventos e conseguiríamos montar tudo dentro de um mês, caso os eventos de fim de ano sejam liberados. Não queremos incorrer em riscos de jogar fora todo o trabalho, todo cuidado, que realizamos nesse tempo. Vimos deslizes de outros empreendimentos e não queremos repetir. Atenderemos dentro do regulamentado e assegurando a saúde de todos. Não queremos uma imagem de que estamos fazendo negócio em cima da saúde dos outros. Estamos pensando em como tocar o negócio, ao mesmo tempo garantindo a saúde de todos.
Tanto o IL Campanario Villaggio Resort quanto o Jurerê Beach Village receberam neste ano selos nacionais e internacionais de “destinos seguros” para este verão, ou seja, estão de acordo com normas internacionais de segurança de saúde durante a pandemia. Os dois hotéis ficam em Jurerê Internacional e oferecem aos sócios do Clube NSC 20% de desconto sobre o valor da tarifa vigente em qualquer categoria de acomodação, com reservas até o dia 20 de dezembro. Além disso, no Positano Diamond, drink bar anexo ao IL Campanario, e na Feijoada do IL Campanario, aos sábados, sócio conta com 10% de desconto sobre o valor de consumo.