Os 15 leitos de internação da emergência pediátrica do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, o HU, em Florianópolis, estão vazios desde quinta-feira (8). Até a manhã desta terça-feira, a unidade tinha apenas um médico pediatra para atender uma média mensal de 2 mil pacientes. Para funcionar em sua plenitude, são necessários oito profissionais. Longe do ideal, a situação, segundo a direção do hospital, deve ser resolvida parcialmente até quinta-feira (15), quando mais um pediatra se juntará ao quadro atual.
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O cenário crítico é resultado do desligamento de pediatras sem que houvesse reposição. Desde abril, 13 deixaram de atender na unidade. “Deste modo, a escala médica da emergência pediátrica está comprometida para o mês de setembro de 2022”, disse o HU em nota.
Um concurso público realizado em 2019 tenta preencher as ausências. Na sexta-feira (9), 13 profissionais foram chamados. O hospital não informou quantos desses foram de fato contratados.
“As solicitações de reposições dos médicos que pediram exoneração estão em curso. Porém, os trâmites preveem um período de execução”, completou a nota.
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Além do chamamento, o hospital afirma que está pagando hora extra para os profissionais que se disponibilizaram a atuar e que está remanejando médicos de outros setores para voltar a oferecer o atendimento.
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Enquanto isso, sem o HU, o atendimento hospitalar de emergência para crianças é oferecido pelos hospitais Joana de Gusmão e Regional de São José.
“Porta aberta” para grávidas é suspensa
Além do fechamento temporário, outra mudança nos atendimentos da HU chamou a atenção. O hospital anunciou o fim do regime de “porta aberta” para gestantes. Agora, a unidade atende na modalidade de referenciamento — sistema que prioriza casos de alta complexidade.
A mudança se estende para outras mulheres que precisarem de atendimento ginecológico. De acordo com o HU, essas pacientes não serão mais atendidas em função da superlotação enfrentada.
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O aumento de 60% no número de gestantes que buscam o hospital para o nascimento dos seus filhos teria excedido o limite de 150 partos de emergência assumido em contrato.
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