(Foto: Comunicação São José / Divulgação)

O Hospital São José, de Criciúma, está com as atividades paralisadas devido à falta de pagamentos. Somente os pacientes já internados, ou que fazem quimioterapia, radioterapia e hemodiálise, receberão atendimentos, além dos casos de urgência e emergência. Segundo a direção, a unidade hospitalar tem R$ 25 milhões a receber de procedimentos realizados vai Sistema único de Saúde (SUS). A secretaria de saúde do Estado não reconhece a dívida, e quer sentar com a administração do hospital para entender essa conta.

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Com a paralisação do São José, segundo maior em número de atendimentos pelo SUS em Santa Catarina, a orientação é que a população procure as unidades de saúde dos bairros, o Pronto Atendimento 24h da Próspera ou os hospitais da região. Segundo o diretor técnico do São José, Raphael Elias Farias, as dívidas acumuladas são referentes ao período de dezembro de 2015 a setembro de 2016.

— Desde a paralisação ainda não teve negociação com os gestores da saúde. O que se quer é um cronograma de como serão feitos esses pagamentos, para avaliar como poderemos fazer o planejamento do fluxo de caixa e retomar os atendimentos — explica.

O presidente do conselho superior de gestão da prefeitura de Criciúma, Silvio Ávila Junior, disse que já conversou com o secretário estadual de saúde a respeito do hospital. Até segunda-feira, João Paulo Kleinubing deve dar uma posição em relação ao São José. Segundo Junior, o gestor estadual quer ver as contas apresentadas pelo hospital para que se chegue a um ponto comum e ¿terminar com essa novela¿.

— A direção do hospital tinha nos pedido um esforço, oferecemos R$ 2,1 milhões, mas eles acharam insuficiente e preferiram aguardar pelo cronograma de pagamentos. A gente está esperando uma posição do estado, que é quem repassa os valores — explicou Junior.

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Na segunda-feira, em encontro com a imprensa do Sul do Estado, o governador Raimundo Colombo criticou a gestão do São José. Segundo ele, o Estado possui 215 hospitais, e é sempre o mesmo que acusa problemas com repasses. Ele disse que não reconhece a dívida, mas que se ela existir, o Estado irá pagar.

— O governo de Santa Catarina repassou R$ 37 milhões ao São José mais R$ 15 milhões de sequestros judiciais. Na conta da secretaria de estado da Saúde não existe dívida. Na nossa contabilidade, no nosso diretor financeiro e secretaria de saúde diz que não deve, então expliquem, achem um ponto em comum. A saúde do Estado não está de costas, mas o que não pode é dizer que está devendo, mas não está. Se tiver uma informação diferente dessa, eu me curvo à comprovação e vamos cumprir nossa parte — informou.

Confira a nota de esclarecimento do hospital sobre a paralisação: