Hospital Ruth Cardoso pode restringir atendimento em Balneário Camboriú

O impasse do Hospital Municipal Ruth Cardoso, de Balneário Camboriú, continua. A prefeitura da cidade já avisou que, daqui a 90 dias, vai suspender o atendimento para moradores de outros municípios. A medida foi tomada, segundo a secretária de Saúde da cidade, Paula Piccoli, porque a prefeitura não tem condições de arcar com os custos.

Na semana passada, uma comitiva da prefeitura esteve na Secretaria de Estado da Saúde para buscar uma solução de como proceder quando moradores de cidades vizinhas procuram atendimento no hospital.

– Recebemos várias ambulâncias, desde Samu áté das prefeituras, além de pessoas que vêm com veículo próprio. Teve uma época que tinha até linha de ônibus de outras cidades direto para o Ruth Cardoso. Fomos ver com a Secretaria de Saúde para onde direcionar estas pessoas, precisamos dar essa orientação – destaca Paula.

A secretária disse também que a cidade já pediu ajuda do Estado várias vezes.

– Perdemos as contas de quantas vezes pedimos ajuda ao governo. De forma informal, com ofícios, protocolos, mostrando dados da contabilidade e nunca tivemos uma resposta. Nós não temos condições de suprir toda essa demanda – diz a secretária.

Atendimentos

Segundo ela, o hospital atende, em média, 6 mil pessoas por mês. Destes, pelo menos 50% são de cidades vizinhas. Sobre uma possível parceria com estes municípios, ela disse que já foi discutido várias vezes em reuniões entre os governantes, mas ninguém teria se disposto a ajudar.

A visita na semana passada foi para ver com o governo do Estado o que fazer com estas pessoas. Segunda-feira, cartazes e faixas foram pendurados no portão do hospital pedindo para que o Governo do Estado ajude a unidade para que ela continue atendendo aos moradores de cidades vizinhas.

– Do jeito que está hoje, temos que abrir mão de recursos de especialidades e outros exames, que iriam para moradores de Balneário Camboriú, para continuar atendendo no pronto socorro – acrescenta Paula.

A Secretaria de Estado da Saúde disse, através da assessoria de imprensa, que ainda não tem uma resposta sobre o assunto e não tem previsão para isso.