A direção do Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, divulgou na tarde desta quinta-feira (19) um comunicado de que "os serviços de urgência e emergência estão com sua capacidade instalada acima do limite prudencial". O motivo é a grande demanda de internamento hospitalar. Por isso, recomendam que se dirijam à unidade apenas os atendimentos de urgência e emergência, sendo que os demais devem buscar postos de saúde.
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No Pronto Socorro são atendidos 280 pacientes diariamente e, nas últimas 48 horas, 26 pacientes estão internados em leitos intermediários no pronto-socorro, por falta de leitos. A UTI também está com seus 12 leitos adultos, 12 de UTI Neonatal e cinco pediátricos ocupados. Estão sendo disponibilizados equipamentos de reserva técnica para atendimento de UTI em leitos extra.
Há alguns anos o hospital vem dando sinais de esgotamento da capacidade, pois em alguns serviços, como radioterapia, são referência para uma região de 1,2 milhão de habitantes. Em Neurologia clínica e adulto para o SUS é referência para uma região de 680 mil habitantes.
Por isso, em 2013 foi autorizada a construção de um novo prédio, com 11 andares e 11 mil metros quadrados, orçado em R$ 29,7 milhões. O prédio está pronto e com o mobiliário, que custou R$ 1,5 milhão, há mais de um ano.
Ainda em 2017 foram anunciados pelo governo do Estado R$ 7,2 milhões em equipamentos, que já estão disponíveis. Em abril o governador Carlos Moisés da Silva liberou mais R$ 10 milhões para a compra de equipamentos.
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Ampliação de custeio do hospital
Na semana passada o diretor técnico afirmou para reportagem da NSC TV Chapecó a necessidade de ampliar o valor do custeio do hospital, tanto com o governo do Estado quando com o SUS. O cálculo é que com o novo prédio vai ampliar de 319 para 475 leitos, haverá um aumento da despesa, de R$ 10, 5 milhões para R$ 15,5 milhões.
Uma das solicitações era o de aumento do convênio com o Estado, que é de R$ 1,8 milhão, o que é menor entre hospitais do mesmo porte e com produção menor. Em entrevista nesta semana para o Bom Dia Santa Catarina, o secretário de Saúde de Santa Catarina, Helton de Souza Zeferino, disse que a inauguração parcial do novo prédio, de acordo com cronograma elaborado pelo próprio hospital, não dependia de recursos, mas de alvarás.
A assessoria de imprensa do hospital informou que falta o alvará sanitário estadual. A vigilância teria solicitado alguns itens que estavam sendo cumpridos. Destacou que o alvará dos bombeiros já está liberado e também habite-se do município.
Primeira parte da mudança deve ocorrer em janeiro
A direção do hospital informou que uma das exigências era a instalação de 11 cubas para lavar as mãos, que estavam no projeto mas que acabaram não sendo licitadas. O valor delas, de R$ 18 mil, foi bancado pela associação que administra o hospital. Elas já foram compradas e devem ser instaladas ainda nesta semana. Também foi recomendada a retirada de uma obra de arte, uma escultura que ficava presa na parede.
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A intenção da direção do hospital é fazer a mudança para o 7º e 8º andares, que serão os primeiros a funcionar, em janeiro. O setor de oncologia, que atualmente fica no terceiro andar do prédio antigo, passará para o prédio novo.
— Poderemos ampliar o atendimento de quimioterapia em 10 a 15%, além de ter mais espaço para o tratamento da oncologia, dando maior conforto e qualidade de atendimento aos pacientes. Além disso, com a mudança, poderemos aumentar 46 leitos de internação no prédio antigo, o que retirará os pacientes que ficam no pronto-socorro e ainda abrirá espaço para cirurgia geral, que está represada por falta de leitos — informou o diretor do hospital, Osmar Arcanjo de Oliveira.
Ele afirmou que, para a primeira etapa do prédio novo, serão necessárias 30 contratações de profissionais, processo que já iniciou. Ele disse que agora o custo não será tão alto e que o estado tem pago por produção os atendimentos de oncologia.
Já para as demais etapas, que prevê ampliação dos leitos de UTI e salas cirúrgicas, o custo será maior, segundo diretor. A hemodinâmica, também não inicia nesta primeira etapa. O secretário de Saúde também deixou claro que a referência em cardiologia da região é o Hospital São Paulo, em Xanxerê.
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