A direção do Hospital Pequeno Anjo pediu aos prefeitos que integram a Associação de Municípios da Foz do Rio Itajaí-açu (Amfri) que as 11 cidades colaborem com a manutenção da unidade _ o único hospital infantil da região. O déficit já passa de R$ 3 milhões, só este ano.

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Os custos extras têm sido cobertos pela Univali, que é mantenedora do hospital. O problema é que, sem dinheiro, não há investimento em novas especialidades e nem para a necessária ampliação. Hoje a falta de espaço já prejudica o atendimento, que chega a 3,5 mil crianças por mês.

Não é a primeira vez que o hospital pede ajuda aos prefeitos. Em 2013, cidades como Navegantes e Itapema fizeram convênios e chegaram a repassar verbas por um período. Mas o acordo não durou muito. Hoje apenas Itajaí mantém contrato com o hospital, e envia um repasse de R$ 204 mil mensais.

Outra verba, que vinha do Governo do Estado, venceu no ano passado e ainda há valores em atraso. A proposta do hospital é de uma contrapartida que leve em conta o número de crianças de cada município que são atendidas na unidade. Itajaí, Navegantes, Camboriú e Balneário Camboriú são as cidades que mais demandam atendimento.

Os prefeitos se comprometeram em trazer à próxima reunião da Amfri, na semana que vem, propostas para ajudar no custeio do hospital.

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Rede básica

O auxílio das prefeituras aos hospitais regionais não passa apenas pelo envio de verbas. É importante um reforço da atenção básica, tanto de prevenção quanto de atendimento, nos postos de saúde, para evitar um fluxo desnecessário de pessoas pelo pronto-socorro dos hospitais. No caso da pediatria, muitos postinhos não têm médico à disposição _ e, quando têm, o atendimento se resume a horários difíceis para os pais que trabalham fora.