Na semana em que a Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa divulgou o repasse de R$ 308 milhões para investimento na área da saúde em Santa Catarina, funcionários do Hospital Infantil Joana de Gusmão fizeram um vídeo mostrando a situação dos leitos e equipamentos da unidade.

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>> Confira o vídeo feito pelos funcionário do Hospital Infantil

Nas imagens é possível ver alas inteiras vazias. Leitos que não são usados ou que servem de depósito para equipamentos desativados. O tomógrafo quebrado há 20 dias, não deve voltar a funcionar antes de dois meses e o intensificador de imagens que não é usado há um mês, deve permanecer desligado por mais 15 dias.

As obras de reforma da unidade que começaram em 2009 está prevista para acabar em fevereiro de 2013, agravando um outro problema do hospital: a falta de mão-de-obra. De acordo com o superintendente dos hospitais estaduais, Walter Gomes Filho, mesmo que quisesse e pudesse, contratar agora, seria algo inviável. Isso porque, por conta das obras, algumas alas estão sendo readequadas para abrigarem outras.

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– Considerando a logística das obras, não seria prudente contratar assim. A ala da cardiologia, por exemplo, está abrigando provisoriamente a UTI enquanto a unidade é reformada. Logo, a ala não está apta a receber esses profissionais – explicou o superintendente.

Sobre o vídeo feito pelos funcionários, Walter explicou considerar legítimo, mas que vem em momento ruim.

– Muitos dos problemas estão acontecendo por conta das resoluções que estamos adotando. As providências estão sendo tomadas. Não estamos de braços cruzados – acrescentou Gomes Filho.

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Sobre o valor que será investido na área da saúde, o superintendente explicou que o Hospital Infantil deve aplicar na construção de uma anexo para a psiquiatria e da emergência, incluindo um heliponto.

– Vamos investir também em uma cobertura para abrigar a parte técnica e em um telhado novo.

O Hospital Infantil Joana de Gusmão conta com 700 funcionários. Outros 39 devem chegar nos próximos 30 dias, provenientes de uma convocação feita pelo governador Raimundo Colombo no início de junho. Funcionando, a unidade conta com 104 leitos, sendo que outros 50 devem ser abertos.