Epicentro da crise na saúde pública de Santa Catarina, o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, vai receber novos 82 profissionais para atender a alta demanda da unidade. Até o momento, 13 deles já estão atuando no hospital.

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Desde maio, a unidade vive um caos em meio aos atendimentos pediátricos e neonatais. A fila de espera na unidade chegou a ultrapassar oito horas. Desde então, duas crianças com menos de dois anos morreram no aguardo por um leito de UTI.

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Só no início de julho, segundo o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, o número de atendimentos infantis triplicou em Santa Catarina. No Hospital Infantil da Capital, mais de 7 mil atendimentos foram realizados nos primeiros 12 dias do mês. Durante junho, o número chegou a 8,4 mil durante todos os 30 dias.

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Devido à pressão da alta demanda de pacientes na unidade, e após cerca de um mês em meio ao caos da saúde, o Estado ampliou o quadro de profissionais no Hospital Infantil da Capital. Desde o último dia 13, quando um edital com 20 vagas para médicos e pediatras foi aberto, novos especialistas estão sendo chamados. Outros profissionais estão sendo convocados através de processos seletivos anteriores. 

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Segundo o Governo do Estado, 82 profissionais foram contratados na unidade. Desses, 13 já tomaram posse. Nesta terça-feira (26), o número de crianças na lista de espera por um leito da instituição ficou zerada. 

De acordo com o secretário adjunto da Saúde, Alexandre Fagundes, a ampliação faz parte do planejamento da Secretaria em frente ao decreto de emergência do Estado por doenças respiratórias.Hospital Infantil em Florianópolis tem falta de itens básicos para atendimento

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De acordo com o que divulgou o colunista do NSC Total, Raphael Faraco, além da sobrecarga de trabalho, funcionários do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, reclamam também da falta de itens básicos para o atendimento. 

Um documento, com uma lista do que falta no almoxarifado, foi enviado para a direção do hospital no dia 6 de julho. Segundo a SES, que afirma não ter recebido a lista antes da divulgação do colunista, abriu uma sindicância para apurar o caso. 

Situação em toda SC

Além da situação caótica nos hospitais infantis em Santa Catarina, o Estado também enfrenta alta ocupação de leitos de UTI em todas as instituições. Segundo dados do Painel do Coronavírus do NSC Total, abastecido com estatísticas da Secretária de Estado da Saúde, há três meses, Santa Catarina enfrenta ocupação acima de 90% das UTIs. 

Os dados coletados pelo NSC Total mostram ainda que desde 5 de maio a taxa de não baixa de 90%. Em 6 de junho, chegou ao seu percentual mais elevado: 98,4%.

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