Assim como o Hospital Infantil e a maternidade Carmela Dutra, a direção do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, fechou as portas da emergência, nesta sexta-feira, por volta das 15h. Em um tapume de madeira, em frente à porta de entrada, foi anexado um comunicado da Secretaria Estadual da Saúde, aos usuários: “só serão realizados atendimentos nos casos encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros e Unidades de Saúde da Grande Florianópolis, que configurarem urgência e emergência”. A orientação é que o paciente que não se enquadre procure outro centro de saúde ou a Unidade de Pronto Atendimento mais próxima.

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A greve da saúde completa, nesta sexta, um mês, e a principal reinvindicação está relacionada à hora-plantão, nome usado na saúde para horas extras. Elas são pagas aos empregados do setor há 20 anos, porque não existe mão de obra suficiente para manter os hospitais funcionando. Mas com a contratação de pessoal iniciada neste ano, os servidores sentiram-se ameaçados de perder parte do salário.

O sindicato dos trabalhadores (SindSaúde) defende que, para manter a remuneração atual, seja criada uma gratificação. O governo responde que não tem dinheiro para bancar, por estar próximo ao limite de gasto com pessoal estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Não há sinal de um desfecho em breve. O negociador do governo estadual, Décio Vargas, declara que só voltará a conversar quando a greve acabar. Já o diretor de imprensa do SindSaúde, Claúsio Vitorino, alega que os servidores deram tempo para apresentação de propostas e nada ocorreu (deram 15 dias para o Governo apresentar uma nova proposta). Por isso, só voltam quando algo concreto for colocado no papel.

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