Hospital Florianópolis continua sem funcionamento de ar-condicionado

Pacientes do Hospital Florianópolis, na região continental da Capital, ainda sofrem com a falta de ar-condicionado em algumas partes da unidade. Um dos sistemas de climatização parou de funcionar no final de dezembro e, desde então pacientes precisam levar ventiladores para não morrerem de calor nos leitos. O governo do estado já autorizou a verba para o conserto do equipamento, mas ainda não há data para que o dinheiro seja disponibilizado.

A filha de Marlei Salete Espicoz, de 54 anos, está internada no hospital desde domingo (27) com infecção na perna. Segundo ela, a ala onde está a filha é muito quente e não possui sistema de climatização.

— Minha filha me ligou pedindo que eu levasse um ventilador porque o calor é insuportável. A minha preocupação é ainda maior com medo de proliferação de bactérias — diz Marlei.

O hospital está sem ar-condicionado nos leitos desde o final de dezembro. O presidente Instituto Maria Schmitt (Imas), Robson Schmitt Machado, que administra o hospital desde outubro, explicou em entrevista ao Jornal do Almoço no dia 15 de janeiro que a unidade possui dois sistemas de refrigeração, um normal e um especial. Este último parou de funcionar porque está deteriorado por falta de manutenção.

Na época o hospital conseguiu adquirir aparelhos normais para refrigerar as áreas críticas do hospital, como Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), pronto-atendimento e centro cirúrgico. Porém, o hospital não tem condições de instalar esses aparelhos em toda a unidade. Por isso, os leitos estão sem ar-condicionado e os pacientes foram autorizados a levarem ventiladores.

Segundo Machado, a única saída seria consertar o sistema que está com problemas, mas, além de demorar de 30 a 60 dias, o custo é de em torno R$ 500 mil.

De acordo com a assessoria do instituto, o governo do estado já autorizou a liberação da verba para realizar os reparos no equipamento, porém não há data para que o dinheiro seja disponibilizado. A Secretaria de Estado da Saúde não respondeu os questionamentos da reportagem até a publicação desta matéria.