Foram seis anos de espera e R$ 60 milhões investidos. O Hospital e Maternidade Jaraguá, em Jaraguá do Sul, inaugurou nesta quinta-feira o novo prédio, com 10.257 m² de área construída. Além da maternidade, que é o carro-chefe do hospital, a unidade se torna referência na especialidade de cardiologia para a região Norte catarinense.
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O objetivo é contemplar 60% dos pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2015.
A construção tem sete andares, que ampliaram de 130 para 250 os leitos de internação. O destaque é o centro cirúrgico, que aumentou de cinco para oito salas, sendo que duas têm telemedicina (tecnologia que possibilita transmissão ao vivo de uma cirurgia). Houve a criação de dez vagas na unidade de tratamento intensivo (UTI) para adultos e dez para pessoas com problemas cardíacos. Antes disto, o hospital tinha 13 vagas apenas na UTI neonatal.
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A unidade foi entregue aos poucos. Desde 2014, o novo centro cirúrgico e a ala de internações já estão sendo utilizados. Há dez dias, a UTI para adultos recebeu seus primeiros pacientes. Segundo o diretor do hospital, Jeferson Gomes, ainda falta o credenciamento ao SUS, mas afirma que isso deve ocorrer no primeiro semestre deste ano.
– O hospital foi construído com ajuda de empresários e da comunidade, cerca de R$ 40 milhões vieram destas pessoas e da Prefeitura. O restante da verba veio dos governos estadual e federal. Por isso, inicialmente serão 60% dos pacientes pelo SUS – explica Gomes.
Como referência em cardiologia, o hospital passa a atender à região de Jaraguá do Sul, Mafra e Canoinhas. Gomes destaca que os pacientes das regionais que estavam dispersos pelos hospitais do Estado vão ser encaminhados aos poucos para o Hospital e Maternidade Jaraguá. Conforme levantamento feito pela instituição, o número de pacientes mensais da instituição, que hoje é de 20 mil, dobrará para 40 mil.
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Equipamentos de ponta
Buscando equipamentos de ponta, foram importados US$ 10 milhões em máquinas para compor a unidade de cardiologia. O coordenador técnico, o médico anestesista Amélio Alfredo Lissi, ressalta que a tecnologia possibilitará aos profissionais da saúde executarem um trabalho com qualidade e precisão.
Entre as aquisições está o setor de hemodinâmica, que atua em situações comuns, como cateterismo. Também há uma máquina de tomografia com 28 canais, que mostra o coração em detalhes. Outra compra de relevância é o aparelho de cintilografia nuclear, que permite ao médico fazer exames detalhados dos órgãos do paciente.
– Com a chegada do curso de medicina na cidade, os alunos poderão assistir às cirurgias da sala de aula enquanto realizamos do centro cirúrgico – enfatiza.
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O diretor clínico, médico Amaro Ximenes Junior, está há 30 anos em Jaraguá do Sul. Ele conta que, antes, a cidade não oferecia uma estrutura que atraísse médicos. Agora, os investimentos do Jaraguá estão atraindo profissionais de diversos locais do País.