A partir desta segunda-feira o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), conhecido como o hospital do câncer de Santa Catarina, passará a funcionar 24 horas por dia com a abertura de um pronto-atendimento, de um centro cirúrgico de pequeno porte e uma unidade de internação com 36 leitos.
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As obras já eram esperadas há três anos e o investimento é de R$10 milhões. A capacidade de atendimento passa de três para seis mil mensais. A inauguração oficial, com a presença do governador Raimundo Colombo, acontece nesta quinta-feira, às 10h, no Itacorubi, sede do hospital.
Com uma área construída de 13 mil metros quadrados -equivalente a duas praças XV de Novembro- o Cepon é o único centro para tratamento de câncer público do Estado. Apesar da estrutura ter sido entregue pelo governo estadual em 2001, o hospital ainda está em construção e não tem data definida para a entrega total.
A diretora geral, Maria Teresa Schoeller, explica que os investimentos foram distribuídos em três etapas. Nesta quinta-feira, se entrega a segunda.
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– Em 2005 passou a funcionar o ambulatório e a radioterapia, a partir de segunda-feira passa a funcionar o centro cirúrgico ambulatorial ( para pequenos procedimentos como colocação de cateter e biopsias), os 36 leitos e um pronto-atendimento. Para a terceira e última etapa ainda não temos prazo para entrega e envolve o centro cirúrgico de grande porte e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – explica.
Tempo de espera não muda
Com a inauguração desta segunda etapa, o Cepon passará a realizar uma média de seis mil atendimentos por mês. O tempo de espera para tratamento continua o mesmo, 21 dias. A diferença é que ele passa atender 24 horas por dia e os pacientes não precisarão mais fazer sair do Cepon para fazer pequenas cirurgias.
– Lembramos que ambos os serviços que serão inaugurados são direcionados aos pacientes já cadastrados no hospital e que estão em tratamento – ressalta.
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Pacientes como Niltom Borges, 56 anos. Com um tumor no intestino ele passou a ser atendido no hospital em março deste ano, fez uma cirurgia fora do Cepon pela falta de centro cirúrgico e ontem comemorava a última sessão de radioterapia.
– Meu tratamento teria sido mais rápido se eles fizessem cirurgia quando eu precisei. O atendimento é muito bom e certamente estes novos investimentos vão ajudar muitos pacientes – diz.
A diretora geral diz que, mesmo de pequeno porte, a sala cirúrgica vai agilizar o tratamento dos pacientes com câncer que poderão ter um acompanhamento melhor da doença.
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– As biopsias permitem que o médico saiba, de forma rápida, como o câncer está evoluindo e diante disso atender com mais eficiência – explica.