A Prefeitura cancelou a licitação que selecionava o Instituto Adonhiran, de Penha, para administrar o Hospital de Massaranduba. O motivo apresentado pelo Executivo é a necessidade de alterar o edital. Por enquanto, não há prazo para a nova licitação ser lançada, pois, antes que uma nova empresa seja escolhida, será preciso que uma nova lei seja aprovada pela Câmara de Vereadores.

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Com os impasses da Vigilância Sanitária estadual, que não liberou o hospital para funcionamento em janeiro deste ano, o prefeito de Massaranduba, Mario Fernando Reinke (PSDB), em conversa com a Secretaria de Saúde estadual, achou melhor aproveitar este tempo e cancelar a licitação. Segundo Reinke, a empresa venceu em janeiro de 2014 e neste período percebeu que alguns itens precisavam ser revistos. A principal mudança será da denominação de organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) para organização social (OS) – essa mudança de contrato precisa de aprovação da Câmara.

Uma Organização Social é uma entidade que presta serviço de caráter público. Assim, o Estado consegue repassar recursos, por se tratar de um contrato de gestão. Já uma Oscip realiza serviço em forma de parceria com o poder público, não sendo possível captar verbas do Estado.

– A única empresa que participou da licitação foi o Instituto Adonhiran. Espero que voltem a participar, pois é uma instituição íntegra e de qualidade. Conversei com os responsáveis e expliquei a situação – afirma prefeito.

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O presidente do Instituto Adonhiran, Nilson Santiago Moya, afirma que ficou surpreso com a decisão municipal. Segundo ele, o instituto ainda não tinha assumido o hospital, mas acompanhava de perto todos os impasses da construção.

– Administramos mais três unidades de saúde. Já tínhamos contratado funcionários e estávamos apenas esperando assinar o contrato para iniciar os trabalhos. Por tanto tempo de espera, já criamos um carinho pelo Hospital de Massaranduba – ressalta Moya.

O Instituto Adonhiran foi o único interessado em concorrer à gestão do hospital em 2014. Moya aguarda o novo edital para decidir se a instituição vai ou não concorrer novamente.

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Em relação às adequações solicitadas pela Vigilância Sanitária, o prefeito afirma que as exigências serão cumpridas ainda em fevereiro. Segundo Reinke, ele deseja abrir o Hospital Municipal o quanto antes, pois a população necessita deste serviço. Nesta semana, ele irá conversar com os vereadores para acelerar a votação na Câmara.

Pronto e parado desde 2008

A Prefeitura inaugurou pela primeira vez o Hospital de Massaranduba em 2008, mas ele nunca funcionou porque não estava adequado às exigências da Vigilância Sanitária do Estado. Por isso, a Prefeitura começou, em 2009, a reformar cerca de 70% do prédio. Na construção, foram investidos R$ 3 milhões. Na readequação, foram necessários mais R$ 3 milhões. Para compra dos novos equipamentos, o custo foi de R$ 800 mil, com recursos do governo estadual.

No dia 30 de novembro do ano passado, ocorreu a inauguração, mesmo sem estar liberado para funcionamento. No começo do ano, o hospital foi vistoriado, mas não foi liberado pela Vigilância Sanitária estadual por falta das cubas e de mobília que não constavam no projeto.

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