O fechamento da emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) para reformas, de 19 de novembro a 4 de dezembro, divulgado nesta quarta-feira pela administração do estabelecimento, será debatido nesta quinta-feira, às 14h, entre a diretoria da instituição e a Secretaria Municipal de Saúde.
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O secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bosio, reconhece a necessidade das obras, que incluem a manutenção dos dutos de ar-condicionado e a readequação da área clínica, mas acredita que ainda há pontos que precisam ser esclarecidos.
– Discutiremos como será o encaminhamento dos pacientes que fazem tratamento lá ou passaram por algum procedimento cirúrgico e não terão retaguarda no hospital – afirma Bosio.
Responsável por atender, em média, 150 pacientes por turno, após a intervenção, o hospital permanecerá com o mesmo número de leitos disponíveis na emergência, 49.
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Entre as alternativas para quem precisar de atendimento médico, Bosio indica, além da UPA na zona norte da Capital, os Centros de Atendimento Vila dos Comerciários, na Zona Sul, e Bom Jesus, na zona leste da cidade.
– As pessoas também podem se dirigir às emergências dos hospitais da Santa Casa, do Beneficência Portuguesa, do Belém e da PUCRS. Não acreditamos que isso sobrecarregue o sistema – informou Bosio.
Outra alternativa seria a ativação de 30 leitos de retaguarda do Clínicas na unidade Álvaro Alvim, no bairro Rio Branco. Administrada pela diretoria do hospital, a unidade foi criada no antigo prédio do Hospital Luterano, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), e é dedicada ao atendimento de dependentes químicos. Segundo a secretaria, o adiamento da intervenção no hospital está praticamente descartado.
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Serviço interrompido
O setor emergência do Clínicas estará em reformas e não atenderá o público entre 19 de novembro e 4 de dezembro. Durante esse período, não haverá consultas de pronto-atendimento ou internações no setor. Apenas os pacientes que chegarem em situação de emergência, com risco de morte, serão atendidos no box de urgência.
Segundo a administração da instituição, pacientes que se encontram em atendimento serão transferidos para unidades de internação do próprio Clínicas e para outros hospitais. A área da emergência deverá estar vazia até o dia 24, quando se inicia a reforma, que vai gerar poluição sonora e ambiental e exigir o desligamento total do sistema de ar-condicionado.