Representantes de hospitais filantrópicos que atendem pelo SUS no Norte de Santa Catarina se reuniram ontem na Associação Empresarial de Joinville (Acij) como parte do Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no SUS. O dia foi de mobilização em todo o Estado e o movimento tem como tema Acesso à saúde – meu direito é um dever do governo.
Continua depois da publicidade
Os hospitais privados e filantrópicos ligados ao SUS em SC são responsáveis pelo atendimento de 70% da população. Apesar da importância da rede, as instituições convivem diariamente com a falta de recursos e a escalada do endividamento. No Estado, a dívida dos hospitais ultrapassa R$ 200 milhões.
Nos últimos anos, 14 unidades fecharam as portas. A defasagem da tabela do SUS, além dos atrasos dos repasses de recursos por parte dos governos, estão entre os principais motivos apontados para a crise do setor.
As pessoas que participaram do encontro puderam debater algumas soluções para o problema, desde a reforma na legislação até a atualização da tabela de valores pagos pelo governo federal pelos procedimentos realizados.
Continua depois da publicidade
– Precisamos, primeiro, envolver os municípios, as entidades de classe, o Ministério Público, os conselhos, sindicatos e organizações sociais, a imprensa, os profissionais da saúde, pacientes e voluntários locais para buscarmos o apoio do congresso nacional – disse Edson Rogatti, presidente da confederação que reúne os hospitais filantrópicos.
Confira as notícias de Joinville e região
Segundo o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de SC, Hilário Dalmann, a divulgação desta realidade fará com que medidas sejam tomadas imediatamente, pois a população corre o risco de ficar sem atendimento.
Os deputados estaduais Dalmo Claro (PMDB) e Darci de Matos (PSD) conversaram com integrantes dos movimentos e deram sugestões. Uma delas é a mudança das leis, que carecem de força política e dependem de negociação com o governo.
Continua depois da publicidade
A outra é um repasse de parte dos recursos que sobram todo ano do Legislativo. Ao devolver o dinheiro para o governo do Estado, os deputados podem exigir que parte dos recursos seja usada para pagar a dívida ou algum repasse aos hospitais. Mas, por enquanto, são apenas sugestões que serão debatidas nos próximos encontros do movimento.