Diretores de hospitais na Grande Florianópolis e secretários de Saúde se reuniram em Florianópolis nesta segunda-feira (29), na sede da Associação Catarinense de Medicina (ACM) para debater o momento do combate à pandemia do coronavírus na região. A pauta abordou a taxa de ocupação dos leitos de UTI, a falta de medicamentos e problemas na comunicação entre os hospitais.

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A reunião foi convocada após a notícia de que Florianópolis havia batido 85% de ocupação dos leitos de UTI, um número preocupante para o momento da pandemia no Estado. Houve a cobrança para que mais leitos fossem ativados pelo governo federal, e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) trouxe a promessa do Ministério da Saúde de entregar mais 122 leitos na próxima semana.

– Desde o início Santa Catarina foi pouco contmeplada com recursos materiais de equpamentos de UTI, respiradores, o chamado “kit UTI” do Ministério da Saúde. E a gente tem discutido a grande necessidade de habilitação dos leitos de terapia intensiva. Se comparamos com o resto do Brasil, estamos bem, temos no momento 418 novos leitos habilitados e mais 122 por promessado ministério, e assim chegaríamos a 540 novos leitos. Nós entendemos a gravidade do momento, nosso cenário epidemiológico mudou, infelizmente de uma forma mais abrupta do que gostaríamos – avaliou o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

O secretário admitiu também a existência de problemas no fornecimento de medicamentos, como sedativos para pacientes internados, e afirmou que o Estado busca oportunidades de parcerias com empresas privadas para recompor os estoques.

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– Há uma defasagem no mundo inteiro, no Brasil inteiro, e Santa Catarina não é diferente, apesar de estarmos mais preparados. Estamos tentando de diversas formas fazer a recomposição desses estoques de medicamentos para passar o período de inverno de uma forma menos complicada – disse Ribeiro.

Para o presidente da ACM, Ademar Paes Júnior, o objetivo da reunião foi aproximar a relação entre os hospitais e melhorar o canal de comunicação. Ficou alinhada a criação de um grupo entre os diretores dos hospitais com os responsáveis pelos órgãos de saúde para, segundo os presentes, tornar a comunicação mais efetiva.

– Como conseguimos adiar o pico da pandemia para frente, coincidiu que temos o pico junto de outras doenças no inverno. É importante nesse período, sabendo da tendência de mais casos graves, prevenir problemas de falta de leitos e falta de medicamentos. Por isso é positivo aproximar os responsáveis e estreitar contatos – disse Paes Júnior.

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