A associação que administra o Hospital Regional do Oeste e outras duas unidades na região informou que o estoque de medicamentos para pessoas intubados com Covid-19 chegou ao limite crítico e que isso pode comprometer o atendimento a pacientes a partir dos próximos dias.
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A instituição divulgou um comunicado nesta quinta-feira (18) em que afirma estar diante de um “iminente colapso na oferta de medicamentos destinados aos acometidos pela Covid-19”, e que isso ocorre por conta do alto índice de insumos que são utilizados no tratamento dos pacientes que estão sob intubação.
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Além do Hospital Regional do Oeste, a Associação Lenoir Vargas Ferreira (ALVF) administra também o Hospital da Criança, em Chapecó, e o Hospital Nossa Senhora da Saúde, em Coronel Freitas.
A associação afirma que a situação é agravada pela dificuldade de adquirir medicamentos no mercado e na quantidade necessária. O Hospital Regional do Oeste informou que montou uma força-tarefa no setor de compras para buscar os insumos necessários para a sequência dos atendimentos dos pacientes.
No entanto, diante das dificuldades, o hospital faz um apelo para a comunidade de Chapecó e região pela manutenção do distanciamento social e das demais medidas de prevenção, como uso de máscaras e higienização das mãos, para “evitar que os profissionais médicos enfrentem o dilema da morte pela falta de medicamentos”.
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Hospital pediu empréstimo à Secretaria de Estado da Saúde
A assessoria do HRO informou que a instituição pediu auxílio à Secretaria de Estado da Saúde na segunda-feira (16) para obter empréstimo de medicamentos, mas foi comunicada no dia seguinte de que essa medida não era possível e que os próprios estoques da pasta estariam comprometidas.
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A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde para questionar se há alguma outra medida em andamento para evitar o cenário descrito pela associação nos hospitais do Oeste, mas até a publicação deste texto não teve retorno. Caso receba, a matéria será atualizada.
Outros hospitais de SC também enfrentam problemas com medicação e estrutura para os crescentes atendimentos por Covid-19. O Hospital Nereu Ramos, de Florianópolis, por exemplo, é uma das unidades que já começaram a racionar o uso de medicamentos. Em outros casos, o problema é a capacidade de atendimento. O Hospital Universitário, também da Capital, por exemplo, após chegar a 100% de ocupação das UTIs precisou fechar o setor de emergência pediátrica.
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Assista abaixo à animação que mostra o crescimento diário de casos de coronavírus em cada Estado do país desde o início da pandemia de covid-19:
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