Uma reunião com gestores da saúde da região, na tarde de quarta-feira, deu um sopro de esperança para o problema financeiro que o setor vem enfrentando. A instalação das redes de urgência e emergência pode fazer com que se aumente o repasse do Ministério da Saúde para todas os hospitais.
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Se cumprirem todos os prazos, em dois meses eles já podem ter em mãos a primeira leva de recursos. Cada unidade deve receber R$ 3 milhões para melhorias na infraestrutura e mais um repasse mensal que pode chegar até R$ 300 mil, de acordo com a capacidade de atendimento.
No encontro realizado na sede da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), foi apresentado o modelo proposto aos hospitais, para que cada um seja responsável por atender determinadas especialidades. Com isso, os moradores da região que precisarem do serviço de urgência e emergência já sabem para onde deverão ser encaminhados.
Agora, os hospitais têm até segunda-feira para responder se aceitam o modelo proposto. Então, são 30 dias para enviar toda a documentação para o Ministério da Saúde e mais 30 dias para o governo federal responder. Por isso, o deputado estadual e presidente da comissão de saúde da Assembleia Legislativa, Volnei Morastoni, acredita que em dois meses os hospitais terão aumento do repasse de verbas.
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– Deve sair o mais breve possível. São recursos que já estão alocados para isso – explica.
Rede
Esta rede integraria 11 municípios da região, divididos de acordo com os critérios do governo federal. São sete hospitais que podem fazer parte: Marieta Konder Bornhausen e Pequeno Anjo, em Itajaí, Ruth Cardoso e Santa Inês, em Balneário Camboriú, e os hospitais de Itapema, Navegantes e Camboriú.
E é a primeira de uma série de redes que serão implantadas, cada uma trazendo mais recursos. A portaria que as criou é de 2011, mas só agora Santa Catarina começou a discutir a implantação delas.
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– O Ministério (da Saúde) já avisou que não vai reajustar a tabela SUS. A implantação da rede é a forma de se trazer mais recursos – comenta o deputado.
O gerente regional de saúde, Arnaldo Schmitt Filho, prefere adotar a cautela e dá prazo de seis meses para a implantação do sistema.
– Precisamos de um retorno de todos os gestores, para que possamos alinhar o projeto de acordo com as nossas necessidades e de acordo com a legislação vigente – diz Schmitt.
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As cidades sem hospital também serão contempladas com recursos. Cada uma deverá montar salas de estabilização, onde o paciente recebe um primeiro atendimento antes de ser encaminhado ao hospital com a especialização de que ele precisa. Estes recursos ficariam na casa dos R$ 100 mil para investimento na infraestrutura e R$ 25 mil para o custeio mensal.