O déficit anual de custeio dos hospitais catarinenses para cobrir a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) chega a R$ 400 milhões. A estimativa é do secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira.
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Nesta quarta-feira, o secretário receberá o relatório detalhado sobre a situação dos hospitais públicos e comunitários de SC, elaborado pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. O documento foi feito depois de realizadas 16 audiências públicas em todo Estado.
O presidente da Comissão, deputado Volnei Morastoni (PT) vai mais longe. Afirma que os hospitais podem quebrar se o governo do Estado não subvencionar parte do custeio.
Morastoni citou o caso do Hospital Ruth Cardoso, de Balneário Camboriú, com despesa de custeio de R$ 1,7 milhão/mês, mas que recebe do SUS R$ 600 mil/mês. O déficit mensal de R$ 1,1 milhão é suprido pela prefeitura.
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De acordo com o presidente da Comissão, a situação dos mais de 200 hospitais que atendem pelo SUS em Santa Catarina é a mesma. Ele defende o uso dos recursos do Revigorar 3, “em torno de R$ 300 milhões que estão parados na conta”, para bancar parte do custeio.
Morastoni anunciou que nesta quarta-feira a Comissão de Saúde entregará ao secretário Dalmo de Oliveira cópia do relatório elaborado a partir do resultado das audiências públicas. O presidente ainda informou que já protocolou pedido de audiência com o governador Raimundo Colombo para discutir o relatório.
O assunto voltará à pauta do Legislativo em 4 de abril, quando será realizada audiência pública para discutir o custeio dos hospitais de Santa Catarina que atendem pelo SUS.
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O secretário da Saúde Dalmo de Oliveira diz que o Estado não tem condições de arcar com o déficit dos hospitais.
– Quanto à falta de pessoal, faremos concurso público no dia 1º de abril e esperamos ter, já em maio, as pessoas em quantidade suficiente para cobrir as lacunas.