Com restrição de vagas na unidade intensiva, os pacientes que deram entrada nesta semana no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, não estão sendo operados. Em um documento divulgado nesta terça-feira, os médicos da instituição decidiram suspender os procedimentos por falta de leitos e profissionais. No Hospital Regional de São José (HRSJ) a situação é parecida. Desde terça, dia 3 de janeiro, nenhum paciente pode ser internado, já que o local não tem condições de receber mais ninguém para avaliação ou internação.
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Segundo o comunicado, que é assinado pelo chefe da emergência do Regional, Fernando Oto dos Santos, sete pacientes no setor de reanimação, quatro na área semi-intensiva, além de todas as saídas de O2 ocupadas, comprometem as internações na instituição.
Confira um trecho do documento:
“Solicitamos a compreensão para os pacientes graves, que exijam observação/internação hospitalar, sejam encaminhados a outras Unidades Hospitalares por 24 horas. Os atendimentos nas emergências e Obstétrica e Pediátrica continuam normais.“
No Celso Ramos, médicos pedem que pacientes que precisam ser atendidos na área da ortopedia sejam encaminhados ao Hospital Florianópolis e Regional, até que pelo menos duas alas cirúrgicas sejam desocupadas.
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Leia a nota na íntegra:
“Considerando o risco de sequela decorrente ao longo período de espera no tratamento cirúrgico ao paciente com fratura a despeito da falta de salas cirúrgicas disponíveis para efetivamente solucionar a demanda atendida neste Hospital e das dificuldades estruturais para a solução deste atual momento;
Considerando que os pacientes vítimas de fraturas expostas e politraumatizados podem sofrer danos irreparáveis decorrentes ao não atendimento cirúrgico de forma imediata;
Solicitamos que a direção Geral e/ou Direção Técnica ou NIR deste Hospital nos forneça um documento de ciência e de acordo com o direcionamento destes pacientes para serviço de ortopedia do Hospital Florianópolis e Hospital Regional de São José (os casos com indicação para realização de cirurgias) até a disponibilização de um mínimo de 2 salas cirúrgicas em tempo integral para o serviço de Traumatologia”.