Entidades de hospitais privados e filantrópicos mobilizam perto de 200 manifestantes nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa (Alesc), para derrubar o veto do governador Carlos Moisés da SIlva à inclusão de R$ 180 milhões de reais no orçamento deste ano para custear o setor no atendimento ao público.

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A votação está prevista para a tarde. No entanto, pode não acontecer. O líder do governo na Alesc Maurício Eskudlark vai apresentar requerimento para retirar de votação a derrubada de veto ao projeto que destina 10% do fundo estadual de saúde aos hospitais filantrópicas. A ideia é construir um acordo para estabelecer parâmetros técnicos no repasse.

— Nossa rede é responsável pelo atendimento de 77% dos catarinenses no SUS. É a única porta hospitalar para 5 milhões de catarinenses. O que a gente quer é uma pequena fatia do que vai para a rede do Estado, que responde a 30% do atendimento, mas consome 70% do orçamento. O valor é de R$ 15 milhões, não dá tanto impacto no orçamento — defende o assessor de relação governamental das entidades hospitalares, Adriano Ribeiro,

Se o veto for mantido, as entidades projetam um cenário difícil:

— Da forma que estamos, vai colapsar o sistema — adverte.

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O assessor explica que o projeto foi aprovado por ampla maioria dos deputados,mas a matéria foi vetada no início do governo Carlos Moisés. A matéria será colocada para votação em plenário a partir das 16h. As entidades estão mobilizando gestores de hospitais, autoridades da Saúde e sociedade em geral, para que marquem presença nas galerias da Alesc. Estão sendo aguardados representantes de todas as regiões do estado.

A proposta apresentada pelas entidades e acolhida pelo deputado estadual José Milton Scheffer, é de dividir o estado em 20 microrregiões e garantir recursos para todo estado de Santa Catarina. Como a população do estado é estimada em 7 milhões de habitantes cada microrregião terá um percentual de acordo com a quantidade de habitantes. Neste contexto, o valor aproximado para cada hospital será de acordo com a produção hospitalar, conforme dados do ministério da Saúde.