Couve, repolho, nabo, alface, feijão e milho são alguns dos itens plantados por Virgínia Teles da Silva, 75 anos, na horta comunitária do bairro Costa e Silva, na zona Norte de Joinville. A horta foi criada em 2012 através de iniciativa de moradores.

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Ela é dona de um pedacinho da horta, que tem 14 mil metros quadrados, sendo sete mil em cada terreno na rua Aristiliano Alves Ferreira, no loteamento Parque Douat.

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Moradora do bairro, Virgínia conta que cuida da horta há três anos, uma área em que ela pode plantar e colher verduras sem agrotóxicos. Ela vai até a horta todos os dias, sempre de tarde. Tudo o que planta, colhe para consumo da família. Quando lhe pedem algo, prefere dar de graça, embora pudesse vender.

— Não tem comparação daquilo que a gente planta e colhe com aquilo que a gente compra — conta ela, enquanto cuida da horta.

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Moradora do bairro Costa e Silva, Virgínia Teles da Silva cuida da horta há três anos
Moradora do bairro Costa e Silva, Virgínia Teles da Silva cuida da horta há três anos (Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS)

Hoje, 52 famílias têm um pedacinho de terra para cuidar, conta o coordenador da horta, Lourenço Mártir Foss Joenk. A horta foi criada por iniciativa da comunidade com uma parceria público-privada.

A Eletrosul, empresa de energia, lançou o projeto em 2002 – quando havia 37 famílias cadastradas – e até hoje investe para a manutenção do local. A horta fica na área em que estão instaladas as redes de alta tensão da empresa.

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A Prefeitura isenta o pagamento de água e algumas empresas parceiras contribuem, como a Mantac, que doa mangueiras. Lourenço, que é presidente da Associação de Moradores do Parque Doaut, participa desde a fundação.

— Não é simplesmente uma horta, é um pouco mais que isso. Nós implantamos um ponto de coleta de azeite usado para criar consciência ambiental nas pessoas. Incentivamos o reaproveitamento das sobras da cozinha que podem ser aplicadas no solo para adubação. Nós recebemos visitas para estimular as crianças a terem um consumo de alimento saudável e uma qualidade de vida melhor — explica Lourenço.

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Horta fica na área em que estão instaladas as redes de alta tensão da Eletrosul
Horta fica na área em que estão instaladas as redes de alta tensão da Eletrosul (Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS)

Segundo ele, a cada trimestre, cerca de 1,8 mil litros de azeite são deixados no local e coletados pela Ambiental Santos, empresa de São José dos Pinhais (PR), que faz a reciclagem do produto. As famílias cadastradas na horta pagam R$ 5 mensais para manutenção do projeto. Há uma fila de espera de moradores interessados em ter um pedaço da horta, conta o coordenador.

— O dia a dia aqui começa às 6h30 e vai até as 18h30. A pessoa vem na hora que tem disponibilidade. Cada um faz sua atividade, planta e colhe. A horinha que sobra aqui dentro as pessoas se conversam, brincam. É aquele convívio de comunidade mesmo.

Conheça um pouco mais sobre a horta comunitária do bairro Costa e Silva