Um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acolhido nessa quarta-feira pelo presidente da Câmara, o jurista Miguel Reale afirmou nesta quinta-feira que a saída da presidente Dilma vai devolver ao país a “esperança” em relação à recuperação da economia. Na avaliação do jurista, a permanência da presidente no comando da nação contribui para um cenário de recessão e de desemprego.
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Leia a íntegra do pedido de impeachment de Dilma aceito por Cunha
O que levou Cunha a abrir o processo de impeachment de Dilma
– Com Dilma [na presidência] não existe possibilidade de recuperação econômica. O horizonte com Dilma é um horizonte negro. Não há esperança. Vejamos o caso da Argentina. A eleição do Macri [candidato de oposição] já gerou um clima de expectativa positiva -, afirmou em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Miguel Reale também criticou a forma como a presidente reagiu à abertura do processo de impeachment. No pronunciamento, Dilma disse que não paira “nenhuma suspeita” contra ela e que seu passado e seu presente “atestam” a sua idoneidade.
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Carolina Bahia: Cunha resolveu se vingar
Dilma disse ainda que não ocultou bens, e nem possui contas no Exterior, numa clara referência ao presidente da Câmara. Para o jurista, a presidente tentou se “vitimizar” perante à opinião pública.
– Há um processo de vitimização. Dizem que o impeachment é golpe. Não é golpe. É constitucional, existe previsão na lei. É constitucional. A presidente diz ‘mas eu fui eleita’. É lógico. Impeachment só existe para quem foi eleito -, afirmou.
Em redes sociais, Cunha diz que atendeu ao “pedido das ruas”
Deputados do PT veem retaliação e pretendem ir ao STF
Sobre o fato de o impeachment ter sido aceito por Eduardo Cunha como uma espécie de “vingança” pelo fato de o PT votar contra ele no Conselho de Ética, o jurista Miguel Rale disse que “a motivação não importa”. Ele lembrou que o próprio Cunha estava há semanas protelando a abertura do processo.
Entenda como funciona o processo de impeachment
– O Eduardo Cunha não recebe nenhum respeito da nossa parte por isso. O pedido de impeachment não é do Cunha. E não importa a motivação que o levou [a aceitar]. Ele acaba escrevendo certo por linhas tortas -, concluiu.
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Cunha não fez mais do que a obrigação, diz autor do pedido de impeachment
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