A partir da meia-noite de sábado para domingo, os ponteiros devem ser adiantados por causa do horário de verão, regra nacional que tem o objetivo de economizar energia elétrica, mas que já mostra efeitos no cotidiano do morador de Joinville. Com uma hora a mais de sol até 17 de fevereiro, é possível fazer mais compras, aproveitar melhor o happy hour e marcar ponto nas academias, já cheias na cidade no horário da noite. Comerciantes e empresários se preocupam em arrumar formas de lucrar com isso.
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De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Carlos Grendene, o período é ótimo para os comerciantes.
– As ruas ficam mais seguras, é um período mais alegre. Muitas lojas já se adequaram e vão fechar às 20 horas -, explicou Grendene.
Nos bares, a expectativa é a mesma para o período entre as 18 e as 20 horas.
– Para os restaurantes, a situação fica muito parecida no horário de verão -, explicou o vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Joinville e Região, Aldeni Carneiro.
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– Nos primeiros dias de horário de verão, a clientela fica um pouco confusa. Acaba chegando mais tarde do que o normal. O período de trabalho à noite é até maior nos restaurantes -, complementou o presidente do núcleo de restaurantes da Ajorpeme, Angélico de Souza.
Ainda que reduzir o consumo de energia seja o ponto principal do horário de verão, que ocorre no Brasil sem pausas desde a década de 1980, a economia não é sentida dentro das casas. Segundo a Celesc, a redução no consumo em SC deve chegar a 5%, percentual esperado também para Joinville.
– Em termos de consumo de energia, a economia de Joinville no horário de verão corresponde a dois meses de consumo de uma cidade como São Francisco do Sul, algo em torno de 30 megawatts de demanda -, explica o gerente regional da Celesc, Eduardo Cesconetto.
Mas como o verão em Joinville também pede condicionadores de ar, o que ajuda na conta é mesmo a iluminação pública, disparada mais cedo.
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Tempo bom para malhar o corpo
A chegada do horário de verão tem impacto significativo também nas academias. Muita gente começa a malhar a partir de outubro pensando no verão – já começa a ficar difícil encontrar aparelhos vago nos horários da noite. Com empurrão do horário de verão, deve ficar ainda mais disputado.
Mas, segundo a direção de uma academia de Joinville, o número de pessoas que se preocupam em fazer exercícios apenas na proximidade com o verão vem diminuindo. Hoje, o acréscimo de alunos nesta época não ultrapassa os 7%.
A psicóloga Arlene Leite Nunes, 36 anos, começou a investir no acompanhamento de um personal trainer há cinco anos porque estava focada no verão. Mas malhar se tornou rotina.
– De lá para cá, não parei mais. Costumo malhar três vezes por semana e correr dois dias -, conta.
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Mais do que cuidar da saúde, Arlene diz que encontrou prazer nos exercícios.
– É um momento que reservo para mim -, diz a psicóloga.
Para o personal trainer de Arlene, Raphael Gonçalves, cada vez mais as pessoas estão conscientes da importância da atividade física regular.