A mostra competitiva do Festival de Dança de Joinville esquenta nesta sexta-feira. Trinta trabalhos subirão ao palco do Centreventos, entre espetáculos contemporâneos e de dança de rua. As apresentações de dança contemporânea são na categoria conjunto avançada, com espetáculos do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
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Nas versões solo masculino júnior, duo júnior, trio júnior e solo masculino avançado, a dança de rua tem trabalhos paranaenses, cariocas, gaúchos, mineiros e paulistas, além de seis produções catarinenses, dos grupos Millennium, de Itajaí, que deu a Thurbo Braga o prêmio de melhor coreógrafo em 2007, GAHP Jr., Street Company, Kaiorra, Tríade Cia de Dança de Rua, Elizabeth Konder, Join Dance e Studio de Dança Dois Pra Lá Dois Pra Cá, de Joinville.
– Santa Catarina tem supreendido e demonstrado crescimento nesse gênero. Existem grupos muito bons. Tenho certeza de que o público vai gostar de ver essa produção catarinense no palco. A seletiva me surpreendeu pela qualidade dos trabalhos – diz Sandra Meyer, conselheira do Festival.
A novidade deste ano da mostra competitiva, segundo Sandra, são as inovações e ousadias dos trabalhos contemporâneos e da dança de rua.
– Existem composições coreográficas que apostam noutro tipo de corporalidade. Os corpos que vão dançar não são necessariamente belos, esbeltos, são diferentes do modelo tradicional. O interessante da mostra competitiva é justamente apostar nessas diferenças – antecipa a conselheira.
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Os trabalhos selecionados neste ano representam uma tendência do panorama da produção de dança brasileira: a fusão de referências entre o clássico e a dança de rua, em trabalhos com linguagem contemporânea.
– A formação de rua e a formação de academia, do balé clássico, de repertório, favorecem uma explosão de ideias. Os grupos de rua começam a pensar em coreografias menos curtas, elaborando espetáculos mais amarrados. A gente vê o virtuosismo num giro de dança de cabeça e no giro da ponta dos pés. Estas questões importantes na formação da dança serão vistas no palco – diz Sandra Meyer.
E que se espere ver também homens explorando uma dança mais feminina, bailarinos de dança de rua usando tutu, além de outras surpresas que a pluralidade da mostra certamente garante.
– De uma certa maneira, a noite de abertura deu este recado de que o festival reconhece o gênero da dança de rua como um referencial de ideias novas coreográficas – afirma a conselheira do Festival.
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Serviço
O QUÊ: segunda noite da mostra competitiva.
QUANDO: nesta sexta, às 19 horas.
ONDE: Centreventos Cau Hansen, av. José Vieira, 315, Joinville.
QUANTO: ingressos de R$ 8 a R$ 60.
INFORMAÇÕES: (47) 3423-1010.