Na última quinta-feira (7), o The Culver Theater, em Los Angeles, recebeu a cerimônia de premiação da 17ª edição do Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF). Na ocasião, o filme “Eu Tenho Uma Voz” (2023), no qual o catarinense Ivo Müller é ator e produtor associado, levou o prêmio de Melhor Curta-metragem.
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— Ganhar esse prêmio foi uma honra enorme e uma validação muito especial para todos os envolvidos no projeto. É gratificante ver que a mensagem que queríamos passar tocou o público e os jurados — comemora Ivo, que é natural de Florianópolis.
O curta, que aborda os traumas relacionados ao abuso sexual, tem oito minutos de duração. Ele conta a história de “Gabi”, que sofreu a violência na infância, em três tempos: aos oito, 13 e 32 anos de idade. A proposta é mostrar ao público como o abuso pode marcar a vida de uma pessoa, e que o trauma não deixa de existir quando se escolhe não falar sobre ele — pelo contrário.
Para Ivo, o reconhecimento é mais uma motivação para continuar abordando o tema.
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— O cinema pode ser uma poderosa ferramenta de conscientização. Abordar o abuso sexual de crianças e adolescentes é urgente porque, muitas vezes, esses temas ficam enterrados em silêncio — pontua ele.
Ivo foi convidado pela Clara Verdier, idealizadora do projeto, para atuar no filme. Mas foi ao entrar em contato com a temática que ele resolveu se envolver, também, como produtor associado.
— É um desafio [desempenhar os dois papeis], mas também uma oportunidade de ver o projeto por diferentes perspectivas. Como ator, estou focado em dar vida ao personagem e ajudar a contar aquela história da melhor maneira possível. No caso desse projeto, entrei como produtor associado com o objetivo de fazer o filme ser distribuído e circular mais — explica.
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Atualmente, Ivo mora em Los Angeles (LA), nos Estados Unidos (EUA), para onde se mudou em 2019 por conta de uma oportunidade de trabalho.
Antes disso, em Santa Catarina, ele fez dois filmes de Chico Faganello, diretor catarinense. Um deles foi “Oração do Amor Selvagem”, filmado em Antônio Carlos, na Grande Florianópolis, e em Urubici, na Serra catarinense. Além desse, Ivo participou do filme premiado “O Tempo Que Leva”, da diretora Cíntia Domit Bittar. Nos teatros da capital catarinense, Ivo se apresentou algumas vezes.
Agora, Ivo vive entre Los Angeles e o Brasil. Em 2023, ele trabalhou em um longa em Porto Alegre. Anteriormente, trabalhou no filme “Barba Ensopada de Sangue” (2022), baseado na obra do escritor brasileiro Daniel Galera. Na trama, ele interpreta o antagonista Marcelo.
Em Los Angeles, o ator e produtor viveu dias intensos. Ele chegou à cidade um pouco antes da pandemia, o que fez com que tivesse que ficar. Depois, o catarinense vivenciou a greve dos atores e roteiristas em 2023, que foi a maior da história.
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— Foi um período de altos e baixos, onde aprendi e amadureci muito. Los Angeles é uma cidade vibrante e cheia de oportunidades para quem trabalha com arte — afirma.
O filme premiado no festival já pode ser assistido na GloboPlay.
— Estamos muito empolgados para ver a recepção do filme. Acredito que essa história precisa alcançar o maior número de pessoas possível, e cada festival é uma chance de ampliar a conscientização sobre a violência sexual infantil. Espero que o filme continue provocando reflexões e incentivando diálogos em novas audiências — conclui o ator.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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