O site Donna publicou nesta quarta-feira uma extensa reportagem do The Guardian sobre os motivos que levam os homens a pagar por sexo. O levantamento internacional focou nas respostas dadas pelos entrevistados britânicos aos pesquisadores.
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Pedimos ao psiquiatra Carlos Carrion, especialista responsável pelas perguntas do consultório virtual Dúvidas Entre Lençóis, que comentasse os resultados comportamentais descritos na reportagem. Confira os principais tópicos avaliados por Dr. Carrion:
:: “A pesquisa citada pelo Guardian está baseada uma determinada realidade que é bem diferente da nossa realidade no Brasil. Na nossa cultura (Porto Alegre, homens de classe média e alta), os sentimentos de culpa, vazio ou de jogar dinheiro fora aparecem numa minoria (cerca de 30%). Muitos são solitários e estão mais atrás de companhia do que de sexo propriamente dito.”
::: “É importante notar que algumas garotas de programa relatam – e até reclamam – de homens que só querem conversar, ou querem mais é conversar.”
:: “Os motivos que levam homens a procurar garotas de programas no Brasil também são diferentes. A gurizada vai em busca de uma experiência diferente, ou para ‘treinar’ e não parecerem desajeitados ou inexperientes para suas namoradas. Já os mais maduros (25 a 40 anos ) vão fazer sexo pelo sexo, para terem prazer sem compromisso, ou ainda pela ‘sacanagem’.”
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:: “A turma dos 40 a 55 anos costuma frequentar prostitutas para pôr em dia as diferenças entre os ritmos deles e das esposas (quando é o homem que tem mais apetite) ou para fazerem aquilo que as esposas não gostam ou não topam fazer – sexo anal ou fantasias) ou para terem experiências que não tiveram antes, tipo sexo a três ou com mais pessoas. Isso também acontece para ‘matarem a saudade’ de um corpo jovem, que os aceita velhos.”
Na enquete realizada durante todo o dia de ontem no site Donna, foi questionado aos internautas homens se eles costumam procurar sexo por dinheiro. Confira o resultado dos mais de 2 mil votos da enquete:
Pergunta: Você, homem, já pagou por sexo?
– Sim, algumas vezes – 56,97%
– Sim, frequentemente – 13,16%
– Não – 29,88%