A pacata Três Passos, cidade de aproximadamente 24 mil habitantes, no noroeste do Estado, prepara-se para a passagem do aniversário de um ano da morte do menino Bernardo Boldrini. Neste sábado, a partir das 9h, amigos, parentes, professores, colegas de aula e moradores do município farão uma vigília em frente à casa onde o garoto, de 11 anos, morava com o pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, ambos acusados de participação no assassinato.
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A programação inclui a montagem de uma espécie de varal, onde serão afixados corações e mensagens enviados de todo o Brasil, a apresentação de um coral de jovens católicos e a exibição, em um telão, de vídeos também recebidos de vários locais do país.
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As homenagens a Bernardo foram remetidas para a loja de Juçara Petry, que costumava receber e hospedar Bernardo em sua casa. Nesta sexta-feira, a comerciária começou a preparação para a vigília.
– A gente vem aqui todo dia. Mas, quando se completam datas cheias, como um mês, seis meses e, agora, um ano, isso machuca muito a gente – diz ela, contendo o choro.
Enquanto o marido, Carlos, empoleira-se na caminhonete para estender a corda do varal, que deverá segurar dezenas de banners com fotos de Bernardo, acompanhadas de mensagens pedindo justiça, Juçara é quem retira as peças de dentro do carro. Parte do material será usada na passeata marcada para depois da missa de domingo, às 19h, no trajeto entre a igreja e a residência dos Boldrini.
Entre os banners já expostos em frente à casa de Bernardo, na Rua Gaspar Silveira Martins, região central da cidade, há peças vindas de Rio de Janeiro, São Paulo, Natal, Aracaju, João Pessoa, Porto Alegre e Foz do Iguaçu (PR).
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– Chegou muita coisa. Temos uns 60 banners que vamos guardar para a caminhada – diz Juçara, que pretende distribuir o material entre os populares que participarão do cortejo.