Pela homenagem do Festival de Gramado, Eva Wilma voltou a ocupar a tela de um cinema. Por alguns minutos na noite de sexta-feira, o desejo da atriz em voltar a fazer um filme foi o enredo da edição de imagens e depoimentos que relembraram sua carreira.
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Ainda entre o público no Cine Embaixador, dentro do Palácio dos Festivais, a atriz de 78 anos se emocionou ao se rever em cena, ao ouvir os relatos envolventes de amigos dos sets. Foi ao ocupar o púlpito, no entanto, que ela encantou a todos.
– Ao ver esses recortes, acho que essa atriz até merece voltar ao cinema – divertiu-se.
As memórias a fizeram tirar do bolso uma medalha envelhecida, de ouro com diamantes, dividindo as mãos com o troféu Cidade de Gramado, que havia recebido minutos antes como homenagem do Festival.
– Era 1960, eu ainda estava engatinhando na carreira de atriz e vieram todos para Porto Alegre. Eu cheguei e fui colocada num jipe ao lado de Grande Otelo. Foi o meu momento de rainha da Inglaterra. E no Festival de Cinema Nacional de Porto Alegre, eu ganhei a minha medalha olímpica – orgulha-se, ainda emocionada.
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O discurso, cheio de idas e vindas ao passado, foi encerrado com a leitura da inscrição gravada na medalha, palavras, acredita a atriz, do então governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola:
– A indústria nacional do cinema será o elo que unirá todos os brasileiros.