Quem nunca pensou em largar tudo, pegar a estrada e seguir em frente até cansar? Não faltou coragem e vontade para Edson Carvalho Junior, 34 anos, mais conhecido por ser o Viajante Cervejeiro.
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Fotos: Arquivo Pessoal/Reprodução
A paixão por cerveja aconteceu em um dia de verão, na cidade pop da Espanha. Edson entrou em uma loja dedicada exclusivamente à bebida em Barcelona. Conversou com o vendedor e degustou uma das novidades. Daquele dia em diante, passou a visitar o lugar todos os dias para provar uma nova variedade de cerveja.
A bebida passou a ser hobby. E depois trabalho. Quando ainda morava na Europa – esteve em 2006 por mais de dois anos, e em 2011 por cerca de um ano, passando pela Ásia também – escreveu para um site cervejeiro de Curitiba. Quando as viagens terminaram, as histórias passaram a ocorrer com menos frequência.
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De carona com Rafael Rodrigues, um dos proprietários da cervejaria Coruja
Atrás de novas experiências, com apenas uma mochila, Edson embarcou em Porto Alegre no dia 1º de maio deste ano para conhecer o universo da cerveja dentro do Brasil, e está na estrada até hoje. Ele carrega roupas para uma semana, um sapato, um chinelo, uma câmera fotográfica, um saco de dormir e uma barraca. Viaja de carona com quem pode e se hospeda na casa de quem é interessado por suas histórias, seja pela Fanpage ou pelo couchsurfing. Se não encontra abrigo, é hora de montar acampamento.
– Imagino que dentro de um ano eu consiga estar no Norte do Brasil, mas não tenho um tempo fixo para chegar até lá. Depois ainda pretendo descer pelos países da América do Sul que costeiam o oceano Pacífico – conta o Viajante Cervejeiro.
Em Gramado, no Rio Grande do Sul, esperando carona para São Vendelino, no mesmo Estado
Nesta quarta-feira, 9 de julho, está em Palhoça, na Grande Florianópolis. Antes, conheceu o interior do Rio Grande do Sul e chegou a Santa Catarina pelo Meio Oeste, entrando por Joaçaba, Treze Tílias, Forquilhinha, Criciúma. Mostra um roteiro de bons lugares para beber cerveja, faz cursos, interage com quem cede um quarto em casa.
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Grupo de cervejeiros caseiros em Ivoti, no Rio Grande do Sul
– No primeiro dia que chego a uma cidade, escolho viver a rotina das pessoas que me dão abrigo. Isso tem sido uma parte interessante da minha experiência.
Depois de Florianópolis e Palhoça, ele irá para Balneário, Blumenau, Joinville e cidades menores ao redor que tenham produção de cerveja. E dá a dicas ao iniciantes apaixonados pela bebida:
– Comecem a acostumar o paladar com as cervejas de trigo. Depois disso, migrem para os outros tipos
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