O autor de um feminicídio ocorrido no dia 3 de março, em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, usou o cachorro de estimação da vítima para atraí-la. Essa foi uma das conclusões da polícia apontadas no inquérito sobre a morte de Simone da Rocha Silveira, 29 anos.
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De acordo com o delegado Albino de Araújo, a cachorrinha que era como uma filha para a vítima, tinha sumido.
– Como ela não atendia mais suas ligações, ele deve ter encontrado um meio de furtar o cachorrinho e usou para atraí-la. Prevendo que algo poderia acontecer, a vítima mandou uma mensagem que iria encontra-lo para um segundo celular que ela possuía, e que deixou em casa. Quando ela desapareceu encontramos a mensagem no celular – disse o delegado.
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A tese ficou mais forte a partir do laudo do Instituto Geral de Perícias, que encontrou pelos compatíveis com o animal, no veículo de Adir Barbosa Martins, de 52 anos. O crime teria sido cometido no dia 3 de março e, no dia seguinte, Adir cometera suicídio. Ele disse para o filho que iria prestar um socorro e se matou com um tiro de espingarda.
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O corpo da vítima só foi encontrado no dia 11 de março, no rio Irani, em Xavantina. O autor teria uma chácara na região.
– Ele conhecia bem a região e utilizou uma peça de veículo amarrada no pescoço para afundar o corpo, o que é mais uma evidência de que é o autor, pois tinha uma oficina mecânica. Mas a morte não foi por afogamento e sim por traumatismo craniano, segundo laudo do IGP – disse o delegado da Polícia Civil.
Albino disse que o autor do crime teve um relacionamento com a vítima, que era garota de programa, e que depois passou a persegui-la. O delegado também lembrou que Adir já tinha sido preso por tentativa de homicídio contra a ex-mulher, ocorrida em 2015.
Outro caso de feminicídio ocorrido em Xanxerê, em fevereiro, está em investigação e deve ser concluído nos próximos dias.
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