O empresário Ricardo Roriz que é investigado por filmar e divulgar na internet vídeos que expõem mulheres praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, terá que prestar esclarecimentos em mais uma investigação da Polícia Civil, segundo informou o jornal Estado de Minas. Após repercussão de um vídeo, gravado em 2018, em que sugere a criação de uma lei para permitir que homens batam em mulher, Roriz terá que prestar esclarecimentos na delegacia. 

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Ao fazer críticas a Lei Maria da Penha, o empresário sugere: “Se tivesse uma lei assim ‘Você está casado e está vivendo com uma mulher há mais de três meses, você tem direito de enfiar a porrada se ela te encher o saco’. Toda mulher seria maravilhosa, seria calminha”, diz o Roriz no vídeo que foi apagado após a abertura do inquérito.

O empresário utilizou o perfil de sua loja, no Instagram, com mais de 19 mil seguidores, para esclarecer a nova acusação. “(…) se esse vídeo, no contexto original dele, não fosse uma coisa de brincadeira, com tom de brincadeira, alguém nesses quatros anos não iria se sentir ofendido?”, justifica, alegando que sua conta no Facebook, onde o vídeo estava publicado, tem mais de 300 mil seguidores, e que 15% é do público feminino.

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Caso anterior

Ricardo Roriz está sendo investigado inicialmente por gravar e divulgar um vídeo com cunho sexual com mulheres praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O próprio empresário aparece no vídeo ironizando um outro homem identificado como “Celsão”, que faz gestos obecenos durante a filmagem.

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— Ela está plantando bananeira? Vê, vê, vê.
— Celsão, você fica disfarçando. Vai botar a água ali e ficar fingindo. Celsão, você não vale p**** nenhuma. Olha lá, o que é um velho tarado. (…) Celsão, você e o maior ‘voyeur’.
— Eu gosto pra ‘blau blau blau’

[Afirma fazendo gesto obsceno].

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