Gilson Luiz Rufino, 49 anos, é sobrevivente de um acidente similar ao de Isadora Morales, menina de oito anos que caiu de um barranco de 30 metros na Serra do Rio do Rastro. Ele também sobreviveu a uma queda em Bom Jardim da Serra em outubro de 2012, a poucos metros do local onde a garota despencou. Mais de nove meses depois do acidente, Rufino comenta que ainda há uma necessidade urgente de mais segurança no local.

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Diário Catarinense: Quando você sofreu o acidente, chegou a comunicar a falta de segurança no local?

Gilson Luiz Rufino: Sim. Em todas as minhas entrevistas eu enfatizava a necessidade de sinalização e uma posível interdição do local para reforma. No meu caso, uma fenda que abriu no meio do caminho e nada foi feito. Inclusive mandei um e-mail para a prefeitura de Bom Jardim da Serra. Eles estão esperando alguém morrer. A Serra do Rio do Rastro precisa de mudanças.

DC – Alguém chegou a fazer algumas dessas mudanças?

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Rufino – Nada foi feito. Ninguém respondeu o e-mail que eu mandei.

DC – Além de vocês dois, soube de outro caso?

Rufino – Teve outro há uns 10 ou 12 anos, quando uma senhora caiu no mesmo mirante. Ela ultrapassou a mureta para fotografar e acabou caindo. Mais ou menos como eu.

DC – Sabe de algum outro local que você acha que precisa ser mais seguro para o turista no Estado?

Rufino – Tem um local aqui em Santa Catarina que também é muito visitado, que é o Morro da Pedra Furada, em Urubici. É uma encosta sem proteção nenhuma, sem placas, sem indicativos. Além da Serra do Rio do Rastro, onde não se vê policiais trabalhando para evitar que as pessoas ultrapassem as barreiras de segurança. Podia ser feito um trabalho de conscientização para evitar acidentes, já que o local é super visitado.

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