O juiz Geraldo Corrêa Bastos preside nesta terça-feira, 11, no Fórum da Comarca de Lages, às 10h, o júri popular de Thiago Luiz Rosa, denunciado pelo Ministério Público (MP) por crime de homicídio com dolo eventual. O réu disputou um racha na Avenida Belizário Ramos na madrugada do dia 23 de abril de 2005 com Daiki Misuno e Masaki Misuno, que morreram quando o carro deles caiu no Rio Carah. Os irmãos eram herdeiros do dono de uma unidade da empresa Yakult em Santa Catarina. As informações são da assessoria de comunicação da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC).
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Segundo a denúncia, por volta da 1h daquele dia, os rapazes, que trafegavam em seus respectivos veículos pela Rua Frei Gabriel, começaram um racha ao chegarem à avenida. Ao se aproximarem do cruzamento com a avenida Presidente Vargas, com ambos os veículos já a mais de 130 km/h, o GM/Astra conduzido por Daiki ultrapassou o VW/Golf do réu, momento em que, por conta de uma curva à esquerda, os carros se tocaram. Daiki perdeu o controle, e o Astra, desgovernado, passou por cima da mureta que margeia a avenida, colidiu com uma árvore e caiu no leito do Rio Carah. Os dois irmãos morreram.
O juiz Geraldo Corrêa Bastos havia decidido pela improcedência da ação contra Rosa, apontando ausência de nexo de causalidade entre a conduta do acusado e a morte das vítimas e ausência de indícios de autoria, requisito necessário para a admissão da acusação de crime doloso contra a vida.
O MP então interpôs recurso de apelação contra o réu. Em grau de recurso, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina entendeu que houve o crime de homicídio com dolo eventual. A defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não conseguiu reverter a decisão do TJ catarinense.
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