Acusado de matar o policial militar Vinicius Alexandre Gonçalves em 15 de setembro do ano passado, no Morro do Horácio, em Florianópolis, André Luiz Oliveira, 28 anos, foi condenado a 31 anos de prisão em regime fechado. O júri popular no Fórum da Capital começou às 9h desta quinta-feira e só terminou após às 18h, quando o juiz Marcelo Volpato de Souza leu a sentença. André Luiz não terá o direito de recorrer em liberdade.
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Quatro policiais militares, colegas da vítima, prestaram depoimentos como testemunhas de acusação. Dois deles estavam com Vinicius quando ele foi morto, enquanto os outros dois chegaram depois para prestar apoio. Os servidores confirmaram a versão do inquérito de que o soldado foi baleado na comunidade após uma abordagem. O acusado, segundo eles, foi preso momentos depois no Hospital Universitário (HU), onde tinha sido levado após também ter sido atingido por um tiro.
No interrogatório, o réu negou que tenha atirado contra o policial. André Luiz disse que estava em uma festa naquela noite quando saiu para fumar na rua e foi atingido pelas costas por um policial militar. O acusado disse que reconheceu o soldado que atirou nele e chegou a questionar o motivo. Depois disso, André Luiz afirma que conseguiu levantar e ir até a casa do tio, onde pegou o carro para ir ao hospital.
Questionado pelo representante do Ministério Público (MP) por que ele achava que estava nos banco dos réus se não havia matado a vítima, o homem disse: “porque fui o único preso”. André Luiz confessou, porém, que estava armado naquele dia e que comprou a arma com recursos próprios para se defender.
Passado o interrogatório dele, o MP começou a sustentação da acusação, que durou uma hora e meia, mesmo tempo que teve o advogado de defesa. Familiares e colegas de Vinicius assistiram ao julgamento.
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