Homem que matou pit bull a facadas em Florianópolis dá sua versão

Empresário do bairro Ingleses que matou uma pit bull a facadas no dia 9 de outubro, deu uma entrevista à Hora de Santa Catarina contando sua versão do que aconteceu para que ele tirasse a vida do animal.

Hora de Santa Catarina – Quais as motivações para você ter atacado a pit bull?

Acusado – Naquele dia cheguei em casa e tinha um pit bull na frente da minha casa, latindo e brigando com minhas cachorras dentro do portao. Mais um menos uma hora depois minha esposa chegou e me pediu para ajudá-la a entrar em casa porque tinha um pit bull solto na rua. Logo, quando abri o portão para ela entrar, a pit bull também entrou na minha garagem e avançou na minha cachorra. Fiz de tudo pra separar as duas. Joguei água, tentei puxar, mas tudo em vão. Foi quando coloquei uma guia na pit bull e ainda assim não consegui tirá-la. Junto de mim estava minha filha de 13 anos e minha esposa. Por isso eu fui obrigado a defender minha casa e família. Fiquei simplesmente apavorado com a situação.

Hora de Santa Catarina – Você sabia que o cão era do seu vizinho?

Acusado – Nunca tinha visto essa pit bull e não a conhecia, tendo em vista que moro em uma contraesquina e a pit bull mora na outra esquina. Como minha rua não tem saída, não passo na frente da mesma.

Hora de Santa Catarina – Você depôs como se seus cães tivessem sido atacados, mas eles não têm marcas de feridas. Você confirma a versão?

Acusado – Minha cachorra ficou com as marcas, e só nao teve mais ferimentos porque fui obrigado a defender tal situação.

Hora de Santa Catarina – Porque, depois de esfaquear o animal, você some de cena (provavelmente volta à sua casa) e depois retorna para jogar a pit bull no terreno baldio?

Acusado – Eu fui socorrer minhas cachorras, que estavam ensanguentadas e quase mortas de exaustão pela briga e também a minha filha de 13 anos, que estava em estado de choque com tal situação.

Hora de Santa Catarina – Em algum momento sentiu culpa?

Acusado – Fiquei muito triste pela pit bull e pelo dono, pois tenho oito cachorros inclusive cinco foram de doação e um pegamos no lixo. Eu adoro animais e jamais gostaria de ter feito, foi simplesmente defesa. Se pesquisar, existem centenas de ataques de pit bull, inclusive existe uma lei municipal que obriga o pit bull a andar de focinheira. Neste caso a pit bull estava solta na rua. Imagina se ela atacasse minha filha?

Hora de Santa Catarina – Algumas imagens circulam na internet o indicando como um criminoso. Você já recebeu ameaças? O que pensa dessa situação toda?

Acusado – Recebi varias ligações de pessoas que sequer quiseram saber da minha versão. Recebi ameaças que registrei na delegacia e meu advogado está tomando as devidas providências

Hora de Santa Catarina – Pretende continuar morando naquela rua?

Acusado – Pretendo sim continuar morando na rua. Entendo a dor do Leonardo, mas foi simplemente legitima defesa, uma pessoa que tem animais de estimação não sai matando animais. O pit bull é uma raça perigosa que exige muito cuidado.