Um homem foi acusado a 27 anos e dois meses de prisão por matar a companheira grávida após ela se recusar a limpar a casa. O caso ocorreu em Lages, na Serra catarinense, em março de 2020, mas o julgamento ocorreu nesta semana segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
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O assassinato ocorreu na tarde de 4 de março, na casa do casal no bairro Santo Antônio. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os dois tiveram uma discussão por conta da limpeza da casa. Depois da mulher reclamar das cobranças do marido, o homem pegou um revólver e atirou no rosto dela, que não resistiu aos ferimentos.
Após o crime, o acusado fugiu do local. Ainda de acordo com a denúncia, o casal estava junto há cerca de um ano, e a vítima estava grávida de 11 semanas e cinco dias. Além disso, ambos já tinham uma filha de um ano, que presenciou o crime.
Em relação à arma, segundo a denúncia, a posse era ilegal e estava com o acusado há cerca de quatro dias. Durante o julgamento, o homem negou que matou a companheira, e manteve-se em silêncio durante o interrogatório da promotoria.
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Por fim, ele teria dito à defesa que não sabia da gravidez da mulher e que se sentia culpado pela morte.
Ao fim do julgamento, o réu foi considerado culpado pelo crime de homicídio, com as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio, além de ter sido praticado durante a gestação e na presença da filha.
Ele também foi condenado a um ano de pena pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. A pena total é de 27 anos e dois meses de reclusão, em regime fechado. Ele, no entanto, poderá recorrer ao processo em liberdade.
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